Moradores de rua são encontrados mortos na Praça do Índio

Piauí Hoje


Dois moradores de rua foram encontrados mortos na 703/704 Sul, na Praça do Índio. O Corpo de Bombeiros recebeu o chamado de um popular por volta das 6h47, desta segunda-feira (19/01). A testemunha estava na parada de ônibus, próximo ao local do crime, quando presenciou um motociclista se aproximar das vítimas e disparar vários tiros contra eles. Os homens não resistiram aos ferimentos e morreram na hora.Segundo informações do coronel da Polícia Militar, Silva Filho, as primeiras impressões do crime levantam a suspeita de uma execução por dívida de drogas. Os moradores de rua aparentam ter 25 e 30 anos. Eles dormiam em um coreto da praça em cima de caixas de papelões e roupas velhas, quando foram atacados.O sargente da Polícia Militar Walter Ferreira, um dos primeiros a chegar ao local, conta que a polícia trabalha com a hipótese de um deles ter sido morto com um tiro na cabeça enquanto dormia. O segundo, ainda, teria tentado se defender, mas acabou atingido em uma das mãos e na cabeça. Peritos da Polícia Civil estão no local.MemóriaEm 20 de abril de 1997, foi encontrado morto também na Praça o índio Pataxó Galdino José dos Santos. Ele foi é queimado vivo durante a madrugada, no ponto de ônibus da 703/4 Sul. Antônio Novely Cardoso de Vilanova, Eron Chaves de Oliveira, Max Rogério Alves, Tomás de Oliveira e um menor de idade jogaram álcool sobre o corpo da vítima, que estava dormindo, e usaram fósforos para atear fogo. Eles foram detidos no mesmo dia. Galdino teve 95% do corpo queimado e não resistiu.Os autores do crime confessaram o crime, mas alegaram que a intenção era fazer "uma brincadeira". O indígena foi enterrado em Pau Brasil (BA), sua terra natal. O crime foi tipificado como homicídio doloso.Os maiores foram condenados a 14 anos de prisão. No entanto, o menor de idade, irmão de Tomás, foi libertado. Sete anos depois do assassinato, Tomás e Eron conquistam liberdade condicional. Max e Antônio receberam o mesmo benefício e também deixam a prisão.

Fonte: Correioweb

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