Modelo político brasileiro é um monstrengo, avalia deputado


Deputado estadual Luciano Nunes (PSDB)

Deputado estadual Luciano Nunes (PSDB) Foto: Caio Bruno:alepi

O vice-presidente da Assembleia Legisltiva do Piauí, deputado estadual JUclianoi Nunes (PSDB) defende a lista fechada para escolha dos representantes do povo brasileiro no parlamento. Segundo ele, o modelo que aí está é um "monstrengo", que não representa o eleitorado, encarece as campanhas e fragiliza os partidos. Luciano Nunes foi ouvido pelo portal piauihoje.com sobre a lista fechada, uma das propostas defendida pela maioria dos atuais detentores de mandatos nas Câmaras Municipais, nas Assembleias Legislativas, na Câmara e no Senado Federal.

A reforma política é realmente necessária, no momento em que o país assiste a uma enxurrada de denúncias contra políticos e empresários corruptos?  

“O modelo político brasileiro é um monstro, não existe em nenhum país do mundo. Estamos fazendo reformas pontuais a cada eleição e criamos um monstrengo. O sistema político brasileiro é  um atraso, onde a população não sente representada pelos seus representantes. As campanhas de custos elevadíssimos e os partidos políticos extremamente fragilizados. Para se ter ideia, tramita no Tribunal Superior Eleitoral uma proposta de criação do partido do Corinthians. E nós não temos nada contra o Corinthians, contra corintiano,  mas não podemos misturar as coisas, vulgarizar. Nós temos 34 partidos no Brasil e outros 50 querendo registro. Nenhuma democracia do mundo se consolida com partidos políticos fracos. A proliferação de partidos deteriora a democracia

Qual é o caminho inverso para isso?

É fortalecer os partidos. E como se fortalece os partidos? Criando mecanismos em que o partido para se manter no congresso nacional, nas Assembleias, nas Câmaras, ele tem que ter um mínimo de representatividade. Esse é o princípio básico da democracia. Como é que um partido pode existir se não tem voto, se não tem apoio. Ele pode até existir, mas sem ser financiado pelo poder público, sem tempo de televisão. No dia em que ele conseguir um patamar mínimo de voto, de representação, ele passa a ter direito a tudo isso. Por isso eu defendo a lista fechada.

Porque o depuyytado defende essa proposta?

A lista fechada fortalece os partidos políticos, racionaliza o custo das campanhas. Hoje nós temos milhares de campanha . Com a lista, você vai ter uma dezena apenas. Você vai ter partidos onde todos os filiados vão estar imbuídos com o mesmo objetivo: pedir votos para o partido, para uma lista de políticos escolhidos pelo partido. Ninguém vai votar no candidato,  mas no partido. A lista é pública, com nomes escolhidos em convenção. E a população vai saber quais são os nomes antecipadamente. Ninguém vai se esconder na lista. Os partidos que quiserem colocar o nome de uma pessoa esteja envolvida em mal feito, que esteja sendo processada, eles correm risco de perder votos, perder adeptos ao pedir votos pra uma lista com essas pessoas. É importante o debate mais profundado, a discussão. Nós vamos ter uma audiência na Assembleia nesta segunda-feira com Marcelo Castro, que percorreu o país, que foi o reltor da reforma, um estudioso do assunto. Temos que buscar um saída. O pior é o que nós estamos e nós temos que evoluir para o bem do Brasil.

Fonte: Paulo Pincel

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