Ministro diz que pode voltar ao Senado para votar contra impeachment

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 O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, disse  que sua saída do ministério para votar no processo de impeachment no Senado Federal depende da presidenta Dilma Rousseff. Monteiro tem mandato de senador pelo PTB-PE.

“É a presidenta que definirá. Se ela me liberar, terei muita disposição para votar no Senado no dia 11 [data prevista para votação no plenário], para afirmar essa posição de solidariedade ao governo e ao mandato da presidenta”, disse Monteiro. O ministro destacou que tem tarefas a concluir na pasta antes de um eventual afastamento da presidenta e de mudanças nos ministérios.

“Temos coisas que serão lançadas até sexta-feira”, disse o ministro. Monteiro não adiantou quais medidas serão anunciadas, indicou apenas que serão direcionadas à indústria.

Apesar de não confirmar seu desligamento do governo, Monteiro aproveitou a entrevista de divulgação dos dados da balança comercial de abril para fazer um balanço de sua gestão no ministério, iniciada em janeiro de 2015. A assessoria de comunicação distribuiu a jornalistas um documento com as principais ações da pasta do começo do ano passado até agora.

Ao comentar a possibilidade de as ações de comércio exterior serem transferidas para o Ministério das Relações Exteriores em um eventual governo de Michel Temer, Armando Monteiro defendeu a importância de manter o tema separado da diplomacia.

“Achamos que é perfeitamente possível trabalhar alinhados com o Itamaraty. Mas a experiência internacional demonstra que os países que têm maior protagonismo nas exportações separam a diplomacia do comércio. Se o Brasil vier a ter um novo governo, logo essas [novas] equipes se darão conta de que não se deve juntar essas duas coisas. Temos no ministério uma área de defesa comercial, carreira de Estado, com um quadro muito qualificado”, analisou.

Balanço

Ao avaliar a atuação da pasta sob seu comando, Armando Monteiro destacou os acordos bilaterais com México, Colômbia e Peru – parte da estratégia do Plano Nacional de Exportações de promover aproximação com os países da Bacia do Pacífico. Com o México, o Brasil renovou acordo automotivo e firmou entendimentos para cooperação e facilitação de investimentos. Além disso, iniciou negociações para ampliar acordo para quintuplicar as linhas tarifárias com margem de preferência.

Com a Colômbia, o país firmou novo acordo automotivo prevendo, no futuro, a total desoneração do comércio no setor.

Na semana passada, o Brasil firmou com o Peru acordo nas áreas de compras governamentais, investimentos e serviços. Na prática, as empresas brasileiras poderão participar de licitações no Peru em pé de igualdade com as empresas locais ou de países que já mantinham acordo internacional sobre o tema com os peruanos.

Segundo Armando Monteiro, o Brasil também negocia com o Chile um acordo na área de compras governamentais. O ministro também destacou entre suas ações a provável troca de ofertas para um acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, prevista para ocorrer no próximo dia 11.

Fonte: agbr

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