Ministro da Justiça italiana adia extradição de Henrique Pizzolato por

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Presídio

Presídio Foto: Reprodução

Mesmo depois da decisão da Corte Europeia de Direitos Humanos de rejeitar o pedido suspensão da extradição de Henrique Pizzolato, o ministro da Justiça da Itália Andrea Orlando determinou, nesta terça-feira, o adiamento do retorno do ex-diretor do Banco do Brasil à Brasília por pelo menos duas semanas. Orlando cancelou a entrega de Pizzolato às autoridades brasileiras a pedido de um grupo de parlamentares que tem pressionado o governo italiano a rever a extradição de Pizzolato.

A equipe do delegado Valdecy Urquiza Júnior, que já estava na Itália aguardando a liberação de Pizzolato, já recebeu ordens de voltar ao Brasil e aguardar os desdobramentos do caso. Os policiais brasileiros souberam da decisão do governo italiano por intermédio da polícia responsável pela guarda de Pizzolato, que está preso em Modena. A embaixada do Brasil em Roma foi acionada e, logo depois, recebeu a confirmação do cancelamento da viagem de Pizzolato.

Pizzolato recorreu à Corte Europeia de Direitos Humanos nesta segunda-feira, dois dias antes da data marcada para seu retorno ao Brasil. No dia 22 de setembro, o Conselho de Estado italiano manteve a extradição do ex-diretor, conforme decisão anterior da Justiça. Sem possibilidade de apresentar novos recursos na Itália, um dos advogados de Pizzolato recorreu à Estrasburgo.

RELEMBRE O CASO

Pizzolato foi condenado por receber R$ 327 mil do lobista Marcos Valério Fernandes de Souza, um dos operadores do mensalão. A prisão do ex-diretor e outros condenados do mensalão foi decretada em 15 de novembro de 2013. Meses antes da emissão das ordens de prisão contra ele e outros condenados no mensalão, Pizzolato fugiu para a Itália, onde acabou preso. o ex-diretor do Banco do Brasil tem cidadania italiana e acreditava que, por isso, não seria mandado de volta para o Brasil. Mas, para surpresa até de algumas autoridades brasileiras, a Justiça e o governo italiano aprovaram sua extradição.

O processo de extradição do ex-diretor foi marcado por intensa movimentação da Procuradoria-Geral da Republica. Num dos momentos decisivos, a Secretaria Jurídica de Cooperação Internacional chegou a gravar e mandar para a Itália vídeo com imagens de três presídios brasileiros que poderiam abrigar Pizzolato. O filme foi gravado na presença de autoridades italianas.

O documento ajudou a convencer autoridades italianas de que, mesmo com vários problemas, os presídios indicados pela Procuradoria-Geral estão em condições de abrigar o ex-diretor. Nos recursos apresentados contra a extradição, Pizzolato alegou que não poderia ser mandado de volta porque os presídios brasileiros não oferecem garantias de integridade física aos presos.

Fonte: O Globo

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