Ministério Público Federal investiga Paulo Guedes

Guru de Bolsonaro é suspeito de gestão temerária ou fraudulenta


Paulo Guedes será o ministro da Fazenda de Jair Bolsonaro

Paulo Guedes será o ministro da Fazenda de Jair Bolsonaro Foto: Leo Pinheiro / Agência O Globo

O Ministério Público Federal (MPF) abriu mais uma investigação contra Paulo Guedes, apontado como futuro ministro do candidato Jair Bolsonaro (PSL) caso seja eleito presidente. De acordo com informações do jornal O Globo, a suspeita é de que o economista tenha obtido benefícios econômicos a partir de possíveis "crimes de gestão temerária ou fraudulenta" de investimentos derivados de fundos de pensão. Ele terá que prestar depoimento em Brasília no dia 6 de novembro.

O MPF irá investigar se Guedes aplicou o dinheiro capitado por fundos de pensão de maneira irregular, causando prejuízos
milionários aos aposentados das estatais. As operações estão ligadas a cinco fundos de estatais que tiveram prejuízos após
aplicar dinheiro em negócios geridos por Guedes. Entre elas, a Funcef, dos servidores da Caixa Econômica Federal, a Petros, dos
servidores da Petrobrás, e a Previ, dos servidores do Banco do Brasil.

A suspeita é de que a empresa do economista, que faz gestão de investimentos, teria cobrado comissões consideradas abusivas.
Para os procuradores, a base de cálculo para denir a comissão não tem "qualquer sentido", e renderam um faturamento de R$
152,9 milhões à empresa entre 2009 e 2014.

Defesa diz que acusações são "fragilíssimas"

Em resposta ao jornal O Globo, a defesa do economista armou que as acusações são "fragilíssimas" e relatou "perplexidade"
com a notícia divulgada tão perto das eleições, e que a taxa de administração seguia parâmetros usados no mercado.
Os representantes disseram ainda que Guedes não tinha poder de deliberação sobre os investimentos e apenas sugerias as
empresas que receberiam os recursos, mas que a questão antes tinha que ser aprovada por um comitê composto por
integrantes dos fundos de pensão.

“O relatório omite o lucro considerável que o fundo tem proporcionado aos investidores e a perspectiva de lucro de mais
de 50% do valor investido. Ou seja, não houve qualquer prejuízo às partes envolvidas”, diz a nota dos advogados.
Além dessa acusação, o Ministério Público já investiga suspeitas de gestão temerária ou fraudulenta no BR Educacional, o Fundo
de Investimento em Participação (FIP) gerido por uma empresa de Paulo Guedes que captou recursos dos fundos estatais para
investir no setor privado de educação. 

Fonte: O Globo

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