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Michelle Obama é comparada a "macaco de saltos" por autoridades

Após eleição de Trump, racismo ganha força e Michelle Obama é vítima de ataque

Terça - 15/11/2016 às 14:11



Foto: G1 Michelle Obama
Michelle Obama

A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, que se deu na madrugada da última quarta-feira (9), já tem se refletido em algumas manifestações preocupantes de seus apoiadores. A última delas é uma polêmica que envolve a atual primeira-dama norte-americana, Michelle Obama.

Alvo de um comentário racista publicado pela responsável por uma organização sem fins lucrativos e apoiado pela prefeita de cidade de Clay, em Virginia Ocidental, Michelle Obama foi chamada de "macaco de saltos altos".

De acordo com o jornal The Washington Post, Pamela Ramsey Taylor, diretora da organização não lucrativa Clay County Development Corp, localizada em Clay, publicou em sua página no Facebook: "Será refrescante ter uma primeira-dama bonita, digna e cheia de classe de volta à Casa Branca. Estou farta de ver um macaco de saltos altos”.

O comentário faz referência à esposa de Trump, Melania Trump, que assumirá o cargo de primeira-dama – hoje ocupado por Michelle – quando o magnata tomar posse da presidência dos Estados Unidos, no próximo dia 20 de janeiro.

Apesar do tom do comentário, a prefeita de Clay, Beverly Whaling, registrou o seu apoio à Pamela, dizendo “Just made my day Pam” (em português, "Você me fez ganhar o dia, Pam").

Amplamente criticado pelos internautas, não só o comentário foi apagado como a página oficial de Pamela também. A página da prefeita de Clay também não está disponível para os internautas que frequentam a rede social.

Como reação ao caso, uma petição online foi criada para pedir o afastamento das duas em seus respectivos cargos. A petição já conta com mais de 87 mil apoiadores.

A prefeitura de Clay não se pronunciou sobre o caso. Em compensação, a diretora da organização não lucrativa já foi substituída.

Estados (não tão) unidos

O caso acontece em um momento em que os Estados Unidos se mostram um país dividido. Devido à ferocidade de Trump em sua campanha eleitoral, com um posicionamento muitas vezes considerado machista e preconceituoso, alguns apoiadores do republicano tomaram, após a vitória, atitudes que reforçam esse posicionamento nas ruas.

Antes mesmo do dia da eleição, uma igreja da comunidade negra dos EUA foi incendiada. Nas paredes, os responsáveis pela destruição escreveram as palavras "vote Trump".

No dia seguinte às eleições, na última quarta-feira (9), a história de um professor que havia ameaçado a parte negra de sua sala de aula dominou as redes sociais. De acordo com o informado pela família de um dos alunos lesados, o professor chamou a atenção do grupo falando "Não me faça ligar para o Donald Trump para mandá-los de volta para a África".

Questionado a respeito de casos de racismo, Trump lamenta a reação dos seus apoiadores e pede por união no país.

Nesta segunda-feira (14), em um primeiro pronunciamento oficial após as eleições, o presidente Barack Obama alertou que o magnata precisa "alcançar as minorias" para governar o país com sucesso. Michelle Obama ainda não se pronunciou sobre o caso que envolve o seu nome.

Fonte: Ig

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