Mercadante anuncia que fica no governo

Educação Aloizio Mercadante Dilma Rousseff reunião


Depois de uma longa reunião com a presidente Dilma Rousseff, o ministro Aloizio Mercadante, da Educação, anunciou nesta tarde que permanece no governo. Mercadante foi citado numa delação do senador Delcídio Amaral (PT-MS), que o acusou de oferecer vantagens para que ele não se tornasse delator na Lava Jato.

"Foi um gesto de solidariedade meu, não do governo", disse Mercadante. "A responsabilidade é inteiramente minha".

O ministro afirmou que a gravação, publicada por Veja, foi editada e também disse que irá tomar medidas contra o assessor de Delcídio, que, segundo o ministro, teria agido de má-fé.

Mercadante anunciou, ainda, que se colocou à disposição da procuradoria-geral da República para "toda e qualquer investigação"

O ministro também disse que tem "preocupação zero" com a delação de Delcídio.

"Ele tentou me envolver na defesa jurídica dele e eu disse que só seria possível encontrar saídas dentro da legalidade", afirmou Mercadante.

"Os valores que me inspiraram foram o da solidariedade e do companheirismo num momento de tragédia pessoal vivido pelo Delcídio". Mercadante afirmou que as filhas do senador vinham sendo atacadas na internet e que isso o indignou.

Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre a acusação de Delcídio contra o ministro Mercadante:

Delcídio diz que Mercadante ofereceu ajuda financeira para evitar delação

Michèlle Canes e Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) entregou ao Ministério Público Federal (MPF) gravação feita por seu assessor Eduardo Marzagão de dois encontros realizados, em dezembro do ano passado, com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e um com a assessora do ministro. As informações constam do Termo de Colaboração Premiada nº 5 firmado entre o senador e o MPF.

De acordo com o documento, após ser informado por Eduardo Marzagão que a famíla de Delcídio passava por problemas financeiros (despesas com advogados), Mercadante teria oferecido ajuda financeira à família de Delcídio para arcar com custos de advogados “por meio de empresa ligada ao PT” . Mercadante teria dito também que intercederia junto aos presidentes do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, e do Senado, Renan Calheiros, no sentido de favorecer a soltura de Delcídio.

Ainda segundo o documento, Delcídio disse que Mercadante teria agido como emissário da presidenta da República, Dilma Rousseff, e, “portanto, do governo”.

Aloizio Mercadante esteve reunido nesta terça-feira com a presidenta Dilma Rousseff, mas deixou o encontro sem falar com a imprensa. A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria do ministro, que informou que Mercadante dará uma entrevista coletiva sobre o assunto nesta tarde.

Fonte: Brasil 247

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