Foto: Arquivo pessoal
Diule nasceu com alopecia
A menina Diule Vitória, de quatro anos, voltou a sorrir nessa segunda-feira (28), ao ganhar uma peruca de presente. Ela mora no bairro Satélite, zona Leste de Teresina, e nasceu com uma doença chamada alopecia, caracterizada pela ausência total fios de cabelo.
Desde que começou a estudar em uma escola municipal do bairro, a menina não sorrir, se mantém isolada e quase não fala. A garota conta que os coleguinhas a chamam de menino por ela não ter cabelo, e que isso a deixa triste. Ela está tomando uma medicação que provoca o crescimento dos fios, e somente agora que os cílios começaram a nascer no olho esquerdo. Para recuperar o sorriso de Diule, a ONG Mundo Colorido realizou a doação de uma peruca.
A ONG Mundo Colorido é formada por jovens que, por meio de atividades lúdicas, levam amor e diversão ao ambiente hospitalar, além de abrigos e comunidades carentes. A ONG tem como principal foco pacientes em tratamento oncológico e pensando em recuperar a autoestima dessas meninas e mulheres, o grupo iniciou uma campanha de doação de perucas.
A voluntária Mariana Sousa esclarece que as perucas são doadas para pacientes em tratamento contra o câncer, mas Diule é a segunda pessoa com alopecia que recebeu uma peruca da ONG.
“A doação de perucas faz parte de uma das atividades da ONG Mundo Colorido, essas perucas são feitas de forma voluntária, desde a doação de fios até a confecção. Há um custo, mas através de colaboradores e doações, conseguimos pagar a confecção pelo um preço bem inferior”, explica Mariana Sousa.
Mariana Sousa, voluntária da ONG Mundo ColoridoFoto: DivulgaçãoA voluntária diz ainda que foi através de conversas com pacientes sem cabelos que o grupo descobriu a necessidade de doar perucas. “As mulheres diziam que se acham mais bonitas com cabelo e ao andar nas ruas sem cabelo, as pessoas passam um olhar diferente. Com a peruca é como se elas resgatassem a autoestima que elas perderam durante o processo”.
Mesmo tão pequena, a falta de cabelo em Diule refletia tristeza e discriminação na convivência com outras crianças.
“As crianças não são diferentes, geralmente por serem pequenas a gente pensa que elas não têm esse sentimento de vergonha, de perda, mas elas têm. No caso de Diule, ela era confundida com menino na escola e agora retomou sua vaidade de menina. Nós nos alegramos com a felicidade dela, costumamos dizer que não são apenas fios de cabelo, e sim fios de amor de são entregues”, disse a voluntária.
Dona Maria Lúcia, mãe da pequena Diule agradeceu aos voluntários pelo presente de Natal para a filha. “Nunca teríamos condições para comprar uma peruca, era o sonho de Diule, foi o melhor presente de Natal.”, conta a mãe emocionada.
“Estamos entregando não apenas uma peruca, mas estamos entregando de volta a alegria a essa menina”, conclui Mariana Sousa.
Doação de perucas
A ONG Mundo Colorido informa que a arrecadação de mechas de cabelo para a confecção de perucas encontra-se suspensas por tempo indeterminado, pois há uma grande quantidade de fios que ainda precisam ser transformados em perucas.
O valor normal de uma peruca é de R$ 800,00, mas a peruqueira Raquel Siqueira só cobra o valor de R$ 150,00 para a ONG. Mesmo assim, a Mundo Colorido precisa de doações em dinheiro para confeccionar todos os fios de cabelo que foram doados.
“Agradecemos todas as pessoas que cortaram o cabelo e doaram para confeccionar peruca, mas precisamos também de doações em dinheiro para custear a fabricação. Se cada um que doasse o cabelo realizasse também a doação de qualquer valor, seja dois ou cinco reais, teríamos muito mais pacientes recebendo perucas”, explica a integrante da ONG Mundo Colorido, Amanda Paz.
A ONG existe há três anos e surgiu com a finalidade de ajudar crianças com câncer. Por meio de atividades lúdicas, realização de sonhos, passeios divertidos, e visitas periódicas, a ONG tem como missão disseminar o amor ao próximo.
FAÇA A SUA DOAÇÃO!
Caixa Econômica Federal
Agência - 3436 / OP -003/ Conta – 6770
Favorecido: Projeto Mundo Colorido
Para mais informações entre em contato com a ONG por meio do Facebook.
Fonte: Alinny Maria
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