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Melhora números de adoção, mas demora do processo ainda é critica

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Segunda - 02/05/2016 às 23:05



Apesar de preferível ou até necessária em muitos casos, o encaminhamento de uma criança à adoção ainda é tido pelo conselho tutelar como uma medida emergencial, além de um processo extremamente moroso e burocrático. A adoção de crianças por casais estrangeiros é uma alternativa, mas tem perdido espaço.

Aos 46 anos, Adriana de Oliveira Leite aguarda ansiosamente a sua vez de ser mãe. Já faz mais de três anos que seu processo de adoção foi habilitado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Entretanto, ela ainda ocupa a posição de número 79 na fila de adoções do DF. Adriana descobriu sua infertilidade em 2006. Contudo, a fisioterapeuta revela que adotar uma criança sempre esteve em seus planos. “Eu queria adotar, mas queria ter meus filhos biológicos também. Apareceram alguns problemas de saúde que me levaram à infertilidade. Foi um período difícil, mas, ao mesmo tempo, foi uma motivação a mais. Eu não pude ter filhos, mas, de qualquer forma, eu vou ter”, afirma. A futura mãe explica que, conforme os processos vão sendo protelados, as crianças vão crescendo e saindo das exigências de idade traçada nos perfis de adoção.

Para Adriana, o fato de a adoção ser uma segunda instância para as crianças que deixam o lar também é um fator que, em determinados casos, atrapalha o processo. “O laço sanguíneo ainda prevalece sobre a adoção, o que muitas vezes faz com que aconteçam casos muito complicados. Por exemplo, se uma tia pega uma criança porque é da família e tem que pegar, você não sabe a questão do afeto, pode ser que seja bem mais nocivo do que uma adoção”, afirma.

Fonte: correioweb

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