Política

Médicos temem invasão de hospital no Promorar

Aumento do número de feridos a bala ali atendidos preocupa

Quarta - 19/07/2017 às 16:07



Foto: PMT Presidente da FMS, Sílvio Mendes, com a diretora do Hospital do Promorar, Sandra Marina
Presidente da FMS, Sílvio Mendes, com a diretora do Hospital do Promorar, Sandra Marina

A diretora do Hospital Municipal do Promorar, Sandra Marina, admitiu que a equipe que trabalha no local vem sofrendo forte pressão psicológica, por conta do aumento dos casos de pacientes feridos a bala atendidos nos plantões, principalmente nos finais de semana. O medo dos médicos, enfermeiros e outros funcionários do hospital é que integrantes das quadrilhas que agem em Teresina possam invadir as unidades para atacar os rivais, ali internados como pacientes.

“Estamos recebendo muitas vítimas de arma de fogo e deixa a equipe muito preocupada em atender. Hoje temos dificuldade de ter profissionais para atender na portaria”, confirmou a diretora, ao lembrar o medo que toda equipe passou ontem (18), durante o tiroteio entre gangues nas proximidades do hospital.

“Foi no final do plantão, a equipe estava atendendo quando ouviu os tiros. Um deles entrou em uma porta de vidro e a bala se alojou no chão de um consultório, mas não atingiu ninguém dentro do hospital. Mas fora atingiu uma mulher no peito, a mão de um rapaz e passou de raspão na cabeça de uma criança. A mulher foi atendida no próprio hospital e encaminhada para o HUT (Hospital de Urgência de Teresina) onde passou por cirurgia

Coletiva

Em entrevista coletiva na sede da Fundação Municipal de Saúde, o presidente da FMS, médico Sílvio Mendes, cobrou uma ação efetiva dos órgãos de Segurança Pública para coibir a ação dos criminosos, principalmente nas regiões próximas às unidades de saúde.

“Não podemos calar. Não só os trabalhadores de saúde correm risco de vida, mas todos que dependem do sistema de saúde. Estou registrando a nossa insatisfação, a nossa preocupação. Daqui a pouco os profissionais estarão se recusando a trabalhar nos bairros por causa da violência. Como vai ser? Não estou colocando carga em ninguém da Secretaria de Segurança ou polícia”, argumentou o presidente.

Em março Sílvio Mendes presidiu uma reunião com o secretário de Estado da Segurança Pública, Fábio Abreu; o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Carlos Augusto; o chefe da Assistência Militar da PMT, coronel Marcos Davi, além de diretores da FMS e dos hospitais municipais, quando foram definidos vários encaminhamentos.

“Fábio Abreu esteve aqui conosco, os diretores de hospitais colocando as dificuldades dos estabelecimentos de saúde e pedindo orientação de como proceder em determinadas situações. O comandante da Polícia Militar, Carlos Augusto, esteve conosco aqui. Só que é uma coisa maior do que eles. Seria injusto a gente transferir responsabilidades como se isso fosse dá jeito. Claro, não podemos nos acostumar com isso”, acrescentou Sílvio Mendes, na entrevista de hoje aos jornalistas.

Fonte: Redação

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