Saúde

Maternidade se mobiliza contra Aids

Sexta - 02/12/2016 às 22:12



Foto: Ascom/Astrid Lages Maternidade Evangelina Rosa se mobiliza contra a Aids
Maternidade Evangelina Rosa se mobiliza contra a Aids

por meio de palestras, profissionais da saúde e pacientes, abordando acerca da transmissão vertical (de mãe pra filho durante a gestação), uma das formas de adquirir a doença.

A transmissão vertical é alvo da campanha no Estado. Segundo Karinna Amorim, coordenadora estadual de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Estado da Saúde, foram notificados 715 casos de HIV positivo. “Os números triplicaram e isso nos causa preocupação”, enfatizou a coordenadora. Ela ressaltou, no entanto, que existem metas a cumprir e cada vez mais esforços a fazer, como capacitações na atenção básica e qualificação de profissionais.

Karina lembrou a Meta 90-90-90, assinada pelo Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde(OMS) para controle da epidemia da Aids mundialmente, que é de alcançar o diagnostico de 90% das pessoas infectadas,  e dessas, tratar 90%, bem como suprir a carga viral de 90% de portadores do vírus . “Depois que as pessoas estão em tratamento, tomando a medicação, elas reduzem a carga viral, e com isso reduzem a possibilidade de transmitir a doença”, explicou, reforçando que o Ministério da Saúde mudou o manejo clínico, ou seja, não espera mais que o paciente desenvolva a doença. Quem tem o vírus HIV já começa a tomar a medicação para diminuir a carga viral e a possibilidade passar para outras pessoas.

“As medidas de transmissão vertical que hoje são orientadas pelo Ministério são cumpridas na grande maioria das maternidades”, disse o diretor de Pesquisa e Extensão da Mder, médico Joaquim Parente. Ele ressaltou que “o processo de educação tem que ser estendido para as escolas de forma muito afirmativa porque a AIDS, além de causar todos os males que nós conhecemos também estigmatiza”, esclareceu.  “Sabemos da intervenção oficial em nível do governo no sentindo de reduzir a transmissão vertical no período gestacional. Essa caminhada nos leva a um marco definitivo que é de que no futuro consigamos eliminar por completo esse tipo de transmissão”, disse.

Já  Luciana Sena, gerente de Atenção à Saúde da Secretaria, apontou que implantação dos testes rápidos é importante para reduzir a transmissão vertical. “Já que  os casos vêm aumentando e, com isso, a transmissão vertical”, explicou. Sena enfatizou que a partir do momento em que a mulher descobre que tem o vírus e, durante o pré-natal, realiza o tratamento, a chance de contaminação do bebê reduz em 99%. “Pode haver ocasionalmente falhas na assistência, mas a hora do parto é um momento crucial”, lembrou a gerente, reforçando a importância realização do parto da maneira adequada para o caso e a orientação da mãe para que ela não amamente.

“Esse movimento e importante dentro da Maternidade. Nós do Núcleo da Evangelina Rosa, que fazem  a assistência, estamos engajados pra identificar o mais precocemente possível, a fim de desencadear as medidas de controle e prevenção”, comentou Beth Gonçalves, coordenadora do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia da Mder. Ela ressaltou que é sempre possível evitar a transmissão vertical, de mãe pra filho, no momento do parto. “Basta que tomemos as medidas de controle o mais cedo possível”, finalizou.

Fonte: Portal do Governo do Piauí

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