Política

Marcelo Castro se reúne com Wellington Dias para definir cargos do PMDB no governo

A reunião acontece nesta semana, quando o PMDB vai dizer se aceita ou não a aliança

Segunda - 06/02/2017 às 20:02



Foto: Reprodução Deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI)
Deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI)

O deputado federal Marcelo Castro considera que o PMDB deve assumir o compromisso com o governador Wellington Dias de permanecer no governo até o último dia da sua gestão e apoiar a candidatura dele à reeleição em 2018.  O PMDB, defende, deve estar “compromissado” com essa causa. Marcelo vai conversar com Wellington Dias nesta semana para saber que cargos o PMDB vai ocupar no governo. Dois nomes tem sido cotados para assumir os cargos do PMDB no Executivo: os deputados estaduais Zé Santana e Pablo Santos.

Após essa conversa, o presidente do PMDB vai reunir as principais lideranças do partido para levar essa proposta de Wellington Dias para esses líderes. Após essa reunião interna é que o partido vai decidir se formaliza a aliança com o governo.  

“Em 2018, estaremos no mesmo palanque, mesmo porque não teria nenhum sentido um partido que hoje não está no Governo, entrar no Governo, participar da administração, ocupar cargos de confiança e daqui a um ano dizer: ‘não tô gostando, tô saindo’, acho que não ficaria legal nem para um lado nem pra outro", avalia.

Marcelo CAstro lembra que o projeto político administrativo do PT do Wellington Dias de 2002 para cá tem sido o mesmo projeto político administrativo do PMDB. "Nós estivemos juntos na campanha de 2002, voltando no Wellington para governador, votando no Lula para presidente da República em 2006. O PMDB se dividiu, mas os deputados na sua grande maioria ficou com Wellington Dias no Piauí e com o Lula na eleição nacional. Em 2010, nós ficamos com Wilson Martins, que era o candidato, com Wellington Dias para senador e com a Dilma para Presidente da República tendo Michel Temer, o presidente do PMDB, como vice”, lembra.

Em 2014, continuou Marcelo Castro, o PMDB ficou com a Dilma em nível nacional – e com Michel Temer, “mas aqui no estado nós tivemos candidatura própria, que foi o Zé Filho do PMDB. Então, de 2002 para agora em 2017, nós só tivemos dois anos agora 2016 e 2015 que nós estamos afastados, que nós não estivermos juntos. Então, eu posso dizer que com absoluta segurança de que é essa reaproximação, não é aproximação, é reaproximação do PMDB com governo do Wellington. Esse é um processo mais do que natural porque nos últimos anos de 2002 para cá, em 17 anos, só dois anos nós não tivemos juntos”.

O deputado recorda que embora formalmente afastado, na Assembleia os deputados do PMDB sempre votaram com a base do governo. “Isso demonstra que há uma afinidade político-administrativa entre o PMDB e o governo. Agora, participando administrativamente. Não está definido nenhuma Secretaria para o PMDB. Aliás, o governador Wellington Dias ainda não disse claramente que espaço. Eu só posso falar depois que o governador fizer essa aliança. Mas é um sentimento pessoal do deputado Marcelo. Meu sentimento é que esse entendimento seja concretizado”.

Marcelo Castro não acredita em intervenção da direção nacional caso essa aliança prospere, mesmo o PT sendo adversário político de Temer em 2018 em nível nacional. ““De maneira nenhuma, mesmo porque essa não é a tradição do PMDB. O PMDB tem sido, ao longo da história, absolutamente tolerante com as suas secções regionais. O PMDB sempre fui um partido muito grande, é o maior partido do Brasil. Eu entendo que o que é bom em nível nacional para o PMDB pode não ser bom para o PMDB do Acre, para o PMDB do Amazonas, para o PMDB de Roraima . O Partido a nível nacional tem que compreender essas realidades. Por exemplo: para o PMDB estadual, às vezes a solução de uma cidade não seja a solução que a administração estadual gostaria, mas a realidade municipal é sempre mais forte do que a realidade estadual e a realidade estadual é sempre mais forte do que a nacional... Se o PMDB tiver candidato próprio à Presidência, evidente que todos nós do PMDB iremos votar no nosso candidato a presidente da República, mas votando no governador Wellington Dias aqui", avisou.

Fonte: Paulo Pincel

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: