Foto: Gabriel Paulino
Deputado federal Marcelo castro (MDB-PI)
O presidente do MDB no Piauí, deputado federal Marcelo Castro, aceita ser o candidato a senador pela coligação governista, desde que o seu partido decida permanecer na base aliada e apoiar a sua candidatura. O MDB está reunido neste momento, na sua sede do bairro São João, na zona Sudeste de Teresina, para avaliar a contraproposta apresentada pelo governador Wellington Dias, no começo da noite de terça-feira (18), no Palácio de Karnak.
Marcelo Castro garante que nada mudou de ontem para hoje. “Há uns seis meses, talvez um ano, eu tenho dito sempre a mesma coisa. Até digo que não precisaria nem vocês me entrevistarem de novo. Era só pegar uma entrevista de seis meses atrás e publicar agora que a mesma história: o PMDB não mudou a sua postura. O que foi que nós propusemos de maneira formal oficial ao governador Wellington Dias? Duas coisas: eu disse várias vezes, não foi uma, nem duas, nem três, o PMDB pleiteia a coligação proporcional, com chapa única para todos os candidatos da base do governo estadual e Federal, e a vaga de vice”, lembrou.
O deputado argumentou que em política existem as articulações e depois de muita conversação houve uma proposta. "Você sabe da resistência do PT de não querer fazer a coligação proporcional, então encontraram essa solução. Haverá a coligação proporcional para todos os partidos da base e o governador propôs o lugar de senador para o MDB. E o nome mais ventilado no momento seria o meu nome. O que é que nós vamos fazer agora: o MDB, diante da contraproposta do governador, nós vamos nos reunir vamos discutir. Temos tempo, até o final da semana. Então, como disse o grande piauiense Petrônio Portela, quem tem prazo não tem pressa. Nós vamos ficar em negociação e discussão interna até a gente chegar a um consenso que seja o melhor para o partido, para o conjunto e, sobretudo, para o Piauí, mantendo naturalmente Wellington Dias como nosso candidato a governador para continuar o trabalho que vem fazendo”, garantiu.
Castro disse que aceita ser o candidato, se essa fora a vontade do MDB. “É evidente que eu tenho opinião própria. Se o partido me escolher como candidato eu aceito com a maior honra e vou para campanha. Se for o candidato e sendo eleito, espero fazer um bom trabalho em favor do meu estado. Evidentemente, tudo pode acontecer em política”.
Sobre um possível rompimento com Wellington Dias, Marcelo Castro assegurou que essa possibilidade ainda não foi colocada no partido. “Nós não trabalhamos com essa hipótese até porque não vejo nenhuma razão para isso. Em todas as entrevistas que o governador Wellington Dias deu, se você for atrás dos arquivos, vocês verão que em todas as entrevistas o governador diz que o MDB vai participar da chapa majoritária. Não disse se era vice ou senador e, muitas vezes, citou o nome do deputado Themistocles e em outras citou meu nome. As pessoas estavam com a proposta que se o nome for de senador que seja o meu. No meu entendimento, o governador está cumprindo o que disse ao MDB".
A proposta apresentada pelo governador ao MDB foi que a senadora Regina Sousa (PT) seja indicada a candidata a vice. "A proposta feita pelo governador é que a vice fique com o PT. Com a senadora Regina Sousa".
Sobre a suposta negociação com Wellington Dias para sua indicação como candidato ao Senado, Marcelo Castro desafiou quem divulgou esse boato a provar tal informação. "Quem disse não prova. Não é a verdade. O que sempre fiz foi defender meu partido. Em primeiro lugar a chapa proporcional porque o MDB não se preparou para chapa pura".
Fonte: Paulo Pincel
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