Maramar é a praia da comunidade evangélica que vive da pesca e turismo

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Praia do Maramar - PI

Praia do Maramar - PI Foto: Divulgação

A praia de Maramar, em Luís Correia, vem se transformando num dos principais pontos turísticos do litoral do Piauí. O número de visitantes aumenta a cada temporada. Por conta disso, também cresce consideravelmente a quantidade de casas de veraneio, de mercearias, depósitos de material de construção, mercadinhos, de bares e também de igrejas, a maioria evangélica.

Não se conhecem números exatos, mas calcula-se que algo em torno de 80% dos moradores de Maramar são pertencentes a alguma igreja evangélica. No lugar existe apenas uma capelinha ligada à Igreja Católica. Os templos evangélicos são cinco. Cerca de mil famílias vivem em Maramar e no seu vizinho Macapá.

Mesmo com essa característica peculiar da religiosidade como prática levada muito a sério na maioria das famílias, os moradores de Maramar convivem muito bem com praticantes de outros cultos e até "não crentes", ou mesmo pessoas consideradas profanas e mundanas. A comunidade é tranquila e vive em paz. A pesca ainda é importante atividade econômica, mas muitos evangélicos trabalham em bares e restaurantes sem o menor problema com suas obrigações junto às igrejas.

ONDE FICA

A praia de Maramar localiza-se no povoado que leva o mesmo nome, no município de Luis Correa, distante 365 quilômetros de Teresina. É vizinha ao povoado Macapá, outro lugar deslumbrante e que tem praias de água salgada e doce.

Maramar é uma descoberta relativamente recente para o turismo no litoral brasileiro. Fica a 26 quilômetros da praça central da cidade de Luís Correia e 16 quilômetros após o acesso à praia do Coqueiro, também em Luis Correia.

COMO CHEGAR

Partindo de Parnaiba (350 Km de Teresina) ou Luís Correa e indo no sentido Piauí/Ceará, é última praia antes de chegar em Barra Grande, outro belíssimo e aconchegante lugar à beira mar no litoral piauiense.

Apesar da falta de placas de sinalização, o acesso a Maramar é fácil. É por estrada de asfalto de boa qualidade.

PAZ E TRANQUILHIDADE

Maramar e Macapá são antigos povoados colonizados por pescadores. Têm o privilegio de ficar à beira mar e às margens de um rio. Cerca de 300 famílias de pessoas nascidas lá ainda mantêm as suas tradições, quase todas ligadas ao mar e à pesca.

Pela, tranquilidade e simplicidade do lugar, turistas, visitantes e moradores convivem muito bem. Pela manhã, o ponto de encontro é a única padaria que serve um café "completinho" com um pão feito "na cara do freguês".

Depois da chegada da estrada e da energia elétrica de boa qualidade (entre anos de 2004 e 2009) antigas palhoças existentes à beira mar receberam melhorias, outras foram reformadas e ou construídas e todas transformadas em bares e restaurantes.

A melhoria na infraestrutura fez surgir também muitas casas de veraneio e várias pousadas, algumas rústicas e de excelente padrão.

ABANDONO

Mas a Prefeitura de Luís Correa não dá a devida atenção às necessidades da população dos povoados de Maramar e Macapá. A prefeita Adriana Prado (PSB) há muito não andava por lá. Moradores se queixam que ele só esteve lá para tentar embargar as obras de calçamento de duas ruas próximas à praia.

Os moradores de Maramar e Macapá contam com apenas um posto de saúde, cujo expediente de médico no local parece mais "estória de pescador". Se uma pessoa adoece ou sofre um simples acidente com um anzol precisa, quase sempre, recorrer para Parnaíba.

Em outras áreas, o descaso do poder público municipal não é diferente. O lixo está por todo o lugar e as crianças só tem uma escola de ensino fundamental e uma creche.

A comunicação e o atendimento ao turista é uma reclamação generalizada. A Internet de boa qualidade não chegou e a fiscalização para evitar ocupação urbana irregular inexiste. Construções de casas e prédios não seguem nenhuma norma. O município não tem um código de postura. O crescimento ocorrer a esmo.

A reportagem do Piauí Hoje esteve na Prefeitura de Luis Correia para falar com a prefeita Andriane Prado. Uma funcionária que se identificou com o nome de Ana Maria informou que a prefeita não estava e se negou a dizer o número de um telefone de contato dela.

Fonte: Luiz Brandão

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