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Um grupo de artistas piauiense ocupou, nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (23), o prédio onde hoje funciona o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Teresina. Após o retorno do Ministério da Cultura, que havia sido extinto pelo vice-presidente em exercício Michel Temer, o grupo agora pede a saída do vice-governo à frente do Executivo Nacional.

Como demanda local, o grupo quer uma sede própria para o Instituto em Teresina. Segundo o superitendende do órgão, Fábio Ferreira, o Instituto funciona “no quintal do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas)”.

De acordo com Francisco Pelé, um dos articuladores do movimento, a pauta inicial era a volta do Ministério da Cultura. Ele afirma que, além disso, os artistas brasileiros e piauienses não reconhecem a legitimidade do governo Temer e com a mudança da conjuntura nacional mudaram também as reivindicações.

“O Governo Temer não é reconhecido por nenhum artista brasileiro. Assim como nós pedimos a volta do Ministério da Cultura, temos agora outras reivindiucaçõe que também podemos conseguir. Vamos continuar pressionando. Tivemos a nossa primeira reunião com a Superitendência, e vamos manter a ocupação por tempo indeterminado. Agora, estamos no Fora Temer. Não reconhecemos esse Governo. Outro problema que já apuramos é que o Iphan, aqui em Teresina, funciona em um prédio cedido pelo Dnocs, que não atende a demanda do Instituto. Uma das opções é o prédio da Estação Ferroviária, no Centro de Teresina".

O superintendente do órgão em Teresina , Fabio Ferreira, reforça a prioridade de uma sede própria. Ele diz que o prédio não suporta todas as ações realizada hoje pelo Iphan no Estado.

“O órgão foi criado há 80 anos e, em Teresina, existe, nesta sede, há 6 anos. Antes, o Iphan funcionava da Estação Ferroviária, localizada na Avenida Miguel Rosa, mas, com a extinção da antiga Refesa, perdemos o espaço. Aqui, hoje, oito técnicos trabalham em uma sala minúscula, estamos no quintal do Dnocs”, disse Fábio.

Ele comentou ainda a importância do fortalecimento do processo de identificação cultural, junto à população, para plenas ações do Iphan. Segundo ele, o Instituto ainda encontra resistência por parte da população quanto à preservação principalmente de imóveis históricos no interior do estado.

Ao todo, no país, já somam 23 ocupações em órgãos do Ministério da Cultura. Ontem, os artistas realizaram um ato na praça do 25 BEC. Mesmo com a decisão do governo de manter o Ministério da Cultura, os artistas piauienses programam atos durante todo o mês contra as decisões do vice em exercício.

Em Teresina, o grupo declarou que promete permanecer no local atuando não apenas pacificamente, mas em parceria com os funcionários do órgão.