Educação

\'\'Máfia das ambulâncias\'\' está livre e impune

Piauí Hoje

Quarta - 17/09/2008 às 03:09



Dois anos depois de serem denunciados à Justiça, os principais acusados da máfia das ambulâncias continuam em liberdade. Só alguns tiveram seus bens bloqueados. Um deles já ocupa cargo de primeiro escalão na administração pública de Rondônia. E conversam entre si "futilidades" sobre os processos a que respondem e as eleições.O empresário Luiz Antônio Vedoin cursa direito numa faculdade de Cuiabá. Seu pai, Darci José, e a irmã, Alessandra, trabalham em empresas da família. O ex-deputado Lino Rossi (PP-MT) voltou a criticar políticos em seu programa de rádio e prepara uma nova volta à televisão. O ex-deputado Nilton Capixaba (PTB-RO) virou assessor em Brasília, casou de novo e agora é o sub-chefe da Casa Civil do governo de Rondônia.A Operação Sanguessuga revelou que a empresa Planam, dirigida pela família Vedoin, comandava um esquema de venda superfaturada de ambulâncias, com recursos do Ministério da Saúde, para prefeituras e ONGs do Brasil inteiro. Para viabilizar a fraude, eles contavam com a ajuda de emendas de parlamentares amigos (leia mais). Em troca, pagaram R$ 9,46 milhões em propinas a deputados e assessores.Lino Rossi, que apresentou o "esquema" aos congressistas, recebeu 117 pagamentos que totalizaram R$ 3,037 milhões, segundo relatório da CPI dos Sanguessugas. Nilton Capixaba, com R$ 631 mil em 47 pagamentos, foi o segundo maior beneficiado com as propinas, de acordo com a comissão de investigação.Como resultado, Luiz Antônio, Darci, Rossi e Capixaba e a Planam respondem, isoladamente ou em conjunto, a 15 processos e 39 inquéritos policiais só na Justiça Federal de Mato Grosso e de Rondônia. Basicamente, são ações penais e de improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público. Há também execuções fiscais movidas pelo governo para cobrar impostos.As acusações são de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, peculato, crime contra a administração pública, fraude em licitações, crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Há ainda sete procedimentos administrativos no Ministério Público Federal.

Fonte: Congresso em foco

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: