Ademildo da Silva Alves Junior, de 22 anos, foi apresentado ontem pela Polícia Civil, acusado de matar o próprio pai a facadas. Ele teria cometido o crime sob o efeito de drogas, na madrugada de segunda-feira, depois de discutir com a vítima, que havia descoberto o roubo de R$ 500 da sua carteira. O assassinato ocorreu na casa onde os dois moravam, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

Junior se refugiou embaixo de um viaduto na Avenida Brasil, na altura da Favela de Acari, Zona Norte do Rio, onde ficou até quarta-feira, quando sua mãe o encontrou. "Ele ficou ligando aqui para a minha casa, mas, como não era eu que atendia, ele desligava. Quando atendi o telefone, ele me disse onde estava. Fui lá e o levei até a delegacia", disse a mãe do rapaz, que o entregou na Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

Segundo a mãe de Junior e ex-mulher da vítima, que pediu para não ser identificada, antes de cometer o crime, o filho "desceu, cheirou cocaína, comprou cachaça e bebeu". Joel Costa, de 48 anos, revelou que seu irmão, Ademildo da Silva Alves, de 62, foi morto com 32 golpes de faca. Indignado, ele disse não considerar mais o sobrinho como um parente: "Ele tinha que ter pensado em tudo que o pai fez por ele. Nada justifica o que ele fez. Ele tem que ficar encarcerado, tem que pagar pelo que fez. Foi um crime hediondo, bárbaro, 32 facadas, soubemos ontem pela delegacia".