Economia

Lucro do Santander cresce 37% impulsionado pelo Brasil

A aquisição do Banco Popular também elevou o percentual de inadimplência do Santander para 5,37%

Sexta - 28/07/2017 às 16:07



Foto: SIMULADOR FINANCIAMENTO Sasntander
Sasntander

O banco espanhol Santander anunciou nesta sexta-feira (28) alta de 37% no lucro líquido do segundo trimestre ante mesmo período de 2016, impulsionado pelo Brasil, seu principal mercado, mas a compra do Banco Popular afetou o capital. O maior banco da zona do euro em valor de mercado, que consolidou o Banco Popular no balanço pela primeira vez desde que adquiriu a problemática instituição em 7 de junho, teve lucro líquido de 1,75 bilhão de euros entre abril e junho.

A margem líquida de juros -medida do lucro com empréstimos menos os custos de depósito- atingiu 8,6 bilhões de euros no segundo trimestre, alta de 13,6% ante igual intervalo do ano anterior, tendo pequeno impulso do Banco Popular. Mas o Santander também informou que capital nível 1 caiu para 9,58% ao fim de junho, de 10,66% nos três meses anteriores, como resultado da aquisição do Banco Popular.

O banco espanhol deve reverter rapidamente a situação, após concluir na próxima semana o aumento de capital no valor de 7 bilhões de euros, para o qual recebeu forte demanda. Sem o Popular, o nível de capital teria sido de 10,72%, afirmou o Santander. A aquisição do Banco Popular também elevou o percentual de inadimplência do Santander para 5,37% do total de empréstimos ao fim de junho, de 3,74% em março, mas o nível ainda ficou abaixo do apurado por rivais.

Assim como os concorrentes domésticos e europeus, o banco espanhol enfrenta dificuldades para ampliar os lucros com empréstimos, uma vez que as taxas de juros beiram níveis historicamente baixos, enquanto a crescente concorrência na Espanha enfraquece as margens.

Contudo, o Santander foi beneficiado pelo desempenho das operações no Brasil, com o lucro trimestral saltando 42% na comparação anual e amplamente superando outras filiais do banco, incluindo o Reino Unido, onde a libra mais fraca reduziu em 18% o lucro do trimestre.

Fonte: FOLHAPRESS

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