Lucro do BB recua 18,9% no 3º trimestre, para R$ 2,34 bi

Em relação aos três meses anteriores, quando o banco lucrou R$ 1,801 bilhão, houve alta de 29,8%


Banco do Brasil

Banco do Brasil Foto: Reprodução

O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil —que exclui efeitos extraordinários de receitas e custos—caiu 18,9% no terceiro trimestre deste ano, para R$ 2,337 bilhões, informou a instituição financeira nesta quinta-feira (10).

Em relação aos três meses anteriores, quando o banco lucrou R$ 1,801 bilhão, houve alta de 29,8%.

O lucro líquido contábil, que inclui a provisão extraordinárias com demandas contingentes e perdas com planos econômicos, somou R$ 2,246 bilhões, queda de 26,6% ante o terceiro trimestre de 2015 e recuo de 8,9% na comparação com os três meses anteriores.

O banco atribuiu o resultado ainda à criação da Cateno em 2015, parceria com a Cielo na área de cartões, e também a uma provisão relacionada a uma companhia do setor de óleo e gás que analistas do mercado dizem ser a Sete Brasil, empresa de sondas para o pré-sal que teve de pedir recuperação judicial.

A carteira de crédito do banco recuou 6,9% em relação ao terceiro trimestre de 2015, para R$ 734 bilhões. Na comparação com os três meses anteriores, a queda foi de 2,3%.

O principal vetor da queda foram os empréstimos a empresas. A carteira do banco para pessoas jurídicas caiu 9,4% em relação a um ano antes, para R$ 263,539 bilhões. Quando se compara com o segundo trimestre, a redução foi de 4,1%. Houve retração nas concessões a micro e pequenas empresas (-18,3%) e também a médias e grandes (-6%).

O crédito para pessoas físicas cresceu 3,8% na comparação anual, para R$ 185,731 bilhões, mas caiu 0,9% em relação ao segundo trimestre. Os empréstimos consignados, considerados menos arriscados aos bancos por terem desconto em folha de pagamento, permaneceram praticamente estáveis tanto frente ao terceiro trimestre de 2015 quanto ao segundo trimestre deste ano.

A carteira de crédito imobiliário cresceu 17% e empréstimos pessoais aumentaram 1,8% na base anual. As linhas mais caras, cartão de crédito e cheque especial, cresceram 3,4% e 10,4%, respectivamente.

Na ponta contrária, o banco reduziu ainda mais o financiamento de veículos. Esses empréstimos caíram 18,3% na comparação anual e 12,1% na trimestral.

Com o resultado do terceiro trimestre, o BB revisou as projeções deste ano para sua carteira de crédito nas operações domésticas. Antes, calculava que poderia haver recuo de 2% ou crescimento de 1% no crédito concedido. Agora, estima queda na faixa entre 6% e 9%.

A margem financeira do banco cresceu 13,9% em relação ao terceiro trimestre de 2015, ajudada pelo aumento da receita com empréstimos e pela recuperação de créditos. A margem é a diferença entre a taxa de captação de recursos e quanto a instituição cobra em um empréstimo.

Fonte: Com informações da Folhapress.

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