De acordo com reportagem do jornal O Globo, o relatório mostra contas ligadas a Soares, conhecido como Fernando Baiano, em bancos na Suiça, Estados Unidos, Espanha e Hong Kong (China). Por elas, transitaram cerca de 20 milhões de dólares entre 2006 e 2008. Os procuradores querem que os denunciados devolvam mais de R$ 156 milhões.
Contudo, segundo o MPF, nem todas as contas pertencem a Soares. Muitas delas eram apenas controladas por ele ou indicadas a Julio Camargo para que o lobista pagasse a propina combinada para compra das sondas em que Soares atuou. Para os procuradores, o suposto operador do PMDB agia na Diretoria Internacional da Petrobras.
É nesta investigação de contrato da Petrobras que o nome do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), veio à tona. No depoimento de delação premiada ao juiz Sérgio Moro, Camargo disse que Soares era uma espécie de “sócio oculto” de Cunha. O deputado, alvo de inquérito no STF por ter foro privilegiado, negou a acusação.
Fonte: Congresso em foco