Política

Limma: decisão final sobre candidaturas será do PT

Os 250 delegados vão decidir sobre candidaturas e "chapão"

Terça - 24/07/2018 às 16:07



Foto: Assessoria Líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Francisco Limma (PT)
Líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Francisco Limma (PT)

O Piauí vai saber nesta semana se o governador Wellington Dias conseguiu convencer os partidos da base sobre os nomes que vão disputar as eleições majoritárias. E sobre o “chapão” proporcional, isto é, os aliados todos numa chapa única, concorrendo a cadeiras na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. Caso Wellington Dias tenha êxito, uma outra missão ainda mais espinhosa está por vir: convencer a militância do PT a aceitar as decisões que tomou sem ouvir, sem consultar o partido. O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Francisco Limma, advertiu, na semana passada, que a decisão final no PT é sempre das instâncias partidárias. “Não tem jeito. Nosso partido sempre foi assim e vai continuar sendo. Nós queremos que ele continue respeitando as instâncias. São 250 delegados e delegadas que se reunirão e à luz do que ouvem e do que sentem tomarão as decisões, as deliberações. É claro que as lideranças podem influenciar, a gente sabe disso, mas nós respeitamos essas decisões  partidárias. Portanto, só será possível dizer que o prédio está batido e a ponta virada após esse nosso encontro”. Limma foi entrevistado no final da semana passada, quando comentou os últimos acontecimentos que agitaram os bastidores políticos no Piauí.

Candidaturas
Essa história de retirar alguém que vem se preparando... Vale lembrar que essa nossa estratégia a gente vem construindo desde 2015, com a nova lei eleitoral que estabelece que a partir de 2020 não terão mais coligações proporcionais. Então isso reforçou a nossa tese e nós sempre trabalhamos com a possibilidade de estar projetando nossos nomes. Eu sou parte disso.

Diferencial do PT
Alguém que acumula na militância, na gestão, uma experiência. Então ele começa a ser trabalhado. Isso é que eu acho que seja o grande diferencial do Partido dos Trabalhadores está apostando em novas lideranças sempre, o tempo todo, renovando seus quadros E então não é uma coisa fácil. Decidir que critérios adotar não é fácil. Caso de fato venha a se confirmar isso que a gente possa ter que reduzir.

Estratégia errada
Em 2014, quando da eleição proporcional, o PT teve voto suficiente para eleger cinco parlamentares estaduais e elegeu apenas três em função das coligações. “Então a gente precisa agora ver qual é a melhor estratégia. Caso a decisão seja de fato essa, vamos nos concentrar em alguns nomes. Isso pode deixar traumas. E não é bom. Trauma é ruim não apenas para o partido, mas para projeção de novos nomes.

Sem diálogo
A senadora Regina Sousa afirmou que as propostas que estavam saindo da mesa do governador Wellington Dias não foram conversadas com ela. Não houve um diálogo comigo, não ouvi o governador e não posso falar nada. Ainda tenho a intenção de ser candidata ao Senado. Até aqui é isso que estou fazendo. No momento em que o governador toma decisões sem consultar o partido, isso de alguma maneira dificulta o diálogo do PT com o próprio governador. Mas temos uma relação muito franca com companheiro que é o governador, temos todo respeito e admiração, mas nós precisamos, em determinado momento, externar a ele a nossa posição.

Opinião colocada
Alguns dias atrás, todos os pré-candidatos, mais a executiva do partido, nos reunimos com governador durante uma manhã inteira e lá nós posicionamos todos, individualmente, sobre qual era a nossa posição. Ali nós delegamos, naquele momento, ao governador para ele fizesse a negociação, diante dessa nossa posição. Então, diante disso, ele fez essa proposição sem oficializar, sem externar isso ao partido, nem ao presidente, nem a nenhum de nós. Então ele terminou fazendo isso, com a sua inteligência e com a sua capacidade de líder. O líder tem que ter essa capacidade de ouvir e, a partir daí, compreender quais interesses estão colocados. Ele entendeu claramente a nossa dificuldade.

Nomes competitivos 
Não é um problema contra um partido A ou contra um partido B. É uma necessidade de nos reforçamos o partido. Tem uma eleição majoritária e sabendo da importância que é a reeleição do governador. Mas nós temos um cenário nacional ou nós precisamos nós preparar para isso. Acreditamos hoje que a retomada do desenvolvimento para o Brasil passa também pelo Congresso Nacional. Portanto, é importante a eleição de senadores, de deputados federais. Então estamos trabalhando. Só que em nível de estado, a ampliação e a manutenção de espaço é necessária. Todo mundo quer sobreviver, quer crescer na política. Vereador que não queira ser presidente da República que não merece o mandato que tem. Eu estou dizendo que o encontro vai avaliar isso.

Novo cenário
Esse cenário da senadora fazer uma troca de posição, do Senado para a vice-governadoria. A candidatura de vice não foi tratada conosco. Nós não discutimos isso e nem sugerimos alguma coisa, as nossas preocupações. Queremos colocar uma estratégia do partido, externamos a nossa preocupação com uma determinada composição. Dependendo de quem seja eleito, termos uma perspectiva de retomada ou de revisão do projeto atual. Há uma possibilidade de que a economia seja retomada por todos os estados e todos os municípios, que vão ter dificuldade, como na questão da Previdência, um grande questão que deve ser discutida por todos.

Fonte: Paulo Pincel

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