Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Senador Ciro Nogueira (PP-PI)
A defesa do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), divulgou uma nota informando que está acompanhando os mandados de busca e apreensão que estão sendo realizados na casa e no gabinete do parlamentar nesta terça-feira (24). O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, confirmou que Ciro Nogueira está no exterior e que não sabe sua localização exata.
O advogado disse ainda que não conseguiu contato com o senador. "Desconhece a defesa, até o presente momento, as razões da determinação judicial do Ministro (Edson) Fachin (do Supremo Tribunal Federal). É certo que o senador sempre se colocou à disposição do Poder Judiciário, prestando depoimentos sempre que necessário e, inclusive, já foi alvo de busca e apreensão. Continuará a agir o senador como o principal interessado no esclarecimento dos fatos", diz a nota divulgada por Kakay.
A nota diz ainda que a defesa aguarda contato com o senador "para poder ter o necessário instrumento de poderes que dará direito ao acesso aos fundamentos da medida de busca e apreensão".
Matéria original às 8h
A Polícia Federal (PF) cumpre mandados de busca e apreensão no gabinete do senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas, e no apartamento funcional e no gabinete do deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), em Brasília na manhã desta terça-feira (24). Os mandados foram assinados pelo ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga a tentativa de obstrução de Justiça.
A operação, que é acompanhada pela Procuradoria Geral da República, também cumpre um mandado de prisão contra o ex-deputado Márcio Junqueira, de Roraima.
Eduardo da Fonte é investigado por suposta prática de associação criminosa (artigo 2.º da Lei 12.850/2013), junto com outros os parlamentares do PP: Aguinaldo Ribeiro, Arthur Lira, Benedito de Lira, Ciro Nogueira, José Otávio Germano, Luiz Fernando Faria e Nelson Meurer.
A denúncia do Ministério Público Federal, feita em setembro de 2017, acusa os parlamentares de integrar o núcleo político de uma organização criminosa voltada ao cometimento de delitos contra a Câmara dos Deputados, entre outros, visando "a arrecadação de propina por meio da utilização de diversos órgãos públicos da administração pública direta e indireta".
O ministro Edson Fachin mandou arquivar uma investigação contra deputados do PP na última quinta-feira (19) — parte de um inquérito que investigava um repasse de R$ 2,7 milhões a seis deputados do partido. A suspeita de realização de um contrato fictício em 2011, porém, foi mantida sob apuração. Eduardo da Fonte e o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) continuam a ser investigados nesse caso, ao lado do senador Ciro Nogueira e do deputado Arthur Lira (AL).
Europa
O senador Ciro Nogueira estava em Portugal, comemorando o aniversário da esposa, deputada federal Iracema Portela (PP-PI), no domingo (22). A assessoria do senador avisou que Ciro Nogueira deve se manifestar em breve sobre a decisão de Fachin.
Fonte: Redação/G1
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