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Justiça prorroga prisão da viúva acusada de mandar matar o marido

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Domingo - 18/01/2015 às 17:01



Foto: riachaonet Delegado Antônio Madson
Delegado Antônio Madson
 A Justiça expediu mandato de segurança, na sexta-feira (16), prorrogando a prisão temporária de Antônia Consuelo, suspeita de ter participado do assassinato do marido Francisco Osvaldo Ramos da Silva. Chico Ramos, como era conhecido, foi morto a tiros no dia 31 de outubro de 2014, em frente a casa onde morava, no bairro Parque de Exposição.

Para o delegado do 3º Distrito Policial, Madson Oliveira, a decisão ajudará na condução do processo investigativo. “Acredito que esse prazo vai ser de fundamental importância para a produção de mais elementos para comprovar o suposto envolvimento dela nesse crime’, destacou.

A viúva Antônia Consuelo foi presa em dezembro do ano passado, acusada de ser a mandante do crime. A polícia pediu a prisão temporária da mulher após depoimento do suposto amante Paulo Roberto, que a acusou de ter contratado dois homens para tirar a vida do marido, Chico Ramos.

Durante a acareação, Paulo Roberto negou envolvimento da viúva no homicídio. Após o processo que a colocou frente ao suposto amante, que ocorreu no último dia 9 de janeiro, o advogado da acusada, Maicon Luz (foto abaixo), pediu revogação da prisão da comerciante, acreditando que a negação de Paulo Roberto seria suficiente para inocentá-la, mas o pedido foi negado.

EXUMAÇÃO

A Polícia Civil de Picos solicitou à Justiça autorização para exumar o corpo da vítima com o intuito de retirar projéteis que não foram extraídos durante a perícia inicial. O delegado responsável pelo caso espera ter em mãos a autorização judicial ainda na próxima semana. A partir de então, a polícia pedirá ao Instituto Médico Legal (IML) de Teresina para que sejam encaminhados os médicos peritos para a exumação do cadáver.

“No dia, por uma questão técnica, não foi possível a retirada de todos os projéteis do corpo da vitima e esses projéteis serão de fundamental importância para exame de micro comparação balística, que é o exame que vai ser aferido se os projéteis do corpo da vitima são provenientes de duas armas de fogo que foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística de Teresina”, esclarece Madson Oliveira.

OUTRAS LINHAS DE INVESTIGAÇÃO

Apesar de Paulo Roberto ter negado as declarações que incriminavam a viúva, durante a acareação, a polícia afirma ter termo de declaração de Antônia Consuelo que incrimina o suposto amante.

“No depoimento, Antônia Consuelo incriminou Paulo, imaginando que ele estaria envolvido no crime porque ele teria se sentido preterido da organização criminosa da venda de drogas”, conta o delegado.

Madson acrescentou que testemunhas falaram nos autos que Chico Ramos estaria envolvido com tráfico de drogas na região de Picos. “Paulo seria um dos traficantes menores que estariam capilarizando essa venda da droga e como ele estava recebendo suspostamente a droga e não repassava o dinheiro (também porque estava consumindo uma parte), seu Chico Ramos, segundo as testemunhas, achou por bem excluir Paulo Roberto da associação criminosa”, expôs.

“Em função disso, Paulo Roberto teria dito que se não fosse reinserido à célula criminosa, iria ‘puxar o tapete de todo mundo’, expressão dita por Antônia Consuelo. Quando Chico Ramos soube, ainda segundo a viúva, ele teria esmurrado uma mesa proferindo ameaças de morte a Paulo Roberto, caso ele deletasse ao aparato de segurança aqui de Picos”, finalizou o delegado.

Fonte: com informações do grandepicos

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