Economia

Justiça do Rio condena médico que atestou morte de paciente viva

Piauí Hoje

Terça - 19/08/2008 às 04:08



A Justiça do Rio condenou um médico que atestou a morte de uma paciente quando ela ainda estava viva. O caso ocorreu em 2006.O médico Luciano Barboza Sampaio foi condenado um ano e quatro meses de prisão, em regime, pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, Marcos Augusto Ramos Peixoto. Em agosto de 2006, quando trabalhava no Hospital da Posse, ele atestou indevidamente a morte de Maria José Neves quando ela ainda estava viva. O erro foi descoberto horas depois quando a família de Neves foi reconhecer o corpo no necrotério e viu que ela se mexia e respirava. A paciente, porém, morreu logo depois de ser levada para a sala de ressuscitação do hospital.De acordo com o tribunal, a pena do médico foi substituída por duas penas restritivas de direitos. Com isso, Sampaio deverá prestar serviços à comunidade por 487 horas em uma entidade assistencial cadastrada na Central de Penas e Medidas Alternativas da Comarca de Nova Iguaçu. Ele também terá de pagar um valor correspondente a cem salários mínimos aos herdeiros da paciente.O Ministério Público estadual, chegou a pedir a absolvição do médico. Para a Promotoria, o médico não desejou a morte. O juiz, porém, concluiu pela condenação de Sampaio."Resta plenamente evidenciado que, inobservando regra técnica de sua profissão, o acusado declarou Maria José Neves morta, quando esta ainda encontrava-se viva, encerrando com isso os procedimentos, e pior, dando causa à supressão do tratamento a que estava sendo submetida, encaminhando-a a necrotério, onde permaneceu ensacada, como um defunto, ainda viva e em pânico", disse o juiz na sentença.

Fonte: Bol

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