Em júri popular realizado na quinta-feira, Djane José de Sousa Basílio, 33 anos, foi absolvido da acusação pelo assassinato de Gonçalo Francisco da Silva, vulgo “Gonçalo Dourinha”, ocorrido no dia 13 de janeiro de 2008.

Segundo os autos do processo, tudo aconteceu nas dependências de um bar situado as margens da Rodovia PI-110, zona rural de Batalha, de propriedade de Joaquim Justino Franco, por volta das 19h00min. O acusado teria sacado de uma arma de fogo e disparado contra “Gonçalo Dourinha”, provocando-lhe lesões que o levaram à morte.

A perícia constatou que Djane Basílio fez três disparos, sendo o primeiro para o chão, o segundo em direção a uma porta, e como vítima continuou a investir contra o acusado, ele foi abrigado a alvejá-lo. Antes de ser atingido, Gonçalo Dourinha teria ferido com faca o acusado e outra testemunha de nome Zé Hermínio.

O promotor de Justiça, João Malato Neto, um dos mais competentes da região, pediu a condenação do acusado. Para ele, havia provas suficientes nos autos para sustentar a condenação. Mas a defesa do acusado, sob a responsabilidade do advogado Raimundo Nonato Castro Machado, argumentou que desde o início da investigação nenhum elemento apresentado nos autos provava homicídio qualificado, mas sim uma legítima defesa.

Defesa e acusação protagonizaram no julgamento, um dos maiores embates jurídicos dos últimos tempos na Comarca de Batalha. Ambos argumentaram e defenderam suas teses por várias horas, fazendo ainda o uso da réplica e tréplica.

O julgamento que durou mais de dez horas foi presidido pelo juiz Luis de Moura Correia e aconteceu na Câmara Municipal de Batalha (PI).

O resultado foi bastante comemorado pelos familiares do acusado.