Júlio Cesar participa de reunião no Senado sobre fechamento de bancos postais

Impacto do fechamento dos bancos postal nos municípios é bem maior do que mostra os Correios


Reunião no Senador Federal sobre o fechamento dos bancos postais

Reunião no Senador Federal sobre o fechamento dos bancos postais Foto: Assessoria

O coordenador da Bancada do Nordeste, deputado federal Júlio Cesar (PSD/PI), advertiu que o impacto do fechamento do Banco Postal nos municípios é bem maior que os números mostrados pela direção dos Correios e atinge o pagamentos de benefícios e fluxo de capital para o comércio dos municípios.

Júlio César participou de reunião nesta terça-feira (26), no Senado Federal,  em Brasília, da qual participaram representantes dos Correios, sindicatos e parlamentares, para debater o fechamento dos bancos postais no Brasil, privisto para o dia 11 de outubro próximo. Os Correios argumentam que os custos com as exigências da Justiça do Trabalho, como manter vigilância armada nas agências e portas com detector de metal tornam inviável a manutenção desses bancos postais.

“Proponho que os Correios pague os oito milhões que é obrigado através de decisão judicial até que encontremos soluções para manter o funcionamento de todas as agências, mas a urgência agora é manter essas 1979 agências abertas. Em Santa Filomena, no Piauí,  por exemplo, se a agência fechar o deslocamento será de mais de 200 km, pior que isso, os moradores da cidade vão gastar o que deveria gastar na sua cidade para gastar em uma cidade maior, precisamos pensar urgentemente na função social, não em lucros, essas cidades menores nunca darão lucro mas outras maiores sim, e isso garante equilíbrio, o que não podemos é prejudicar os menos favorecidos, o pobre que não tem dinheiro nem para ir para sua cidade quanto mais ter que viajar para receber um benefício que não dá  nem para sustentar sua família”, lembrou Júlio César

Deputado federal Júlio César Lima (PSD-PI)
Deputado federal Júlio César Lima (PSD-PI)

O presidente dos Correios, Guilherme Campos, explica que a situação  avança em caminhos ainda mais críticos e não atinge só o Banco Postal e suas 6.045 agências espalhadas no Brasil. 

“Nessa nova parceria do Banco do Brasil com os Correios, que será de 3 anos, perdemos quase 900 milhões de janeiro até agosto deste ano, e tudo isso foi altamente prejudicial para a nossa empresa. Mas não é só isso, precisamos reinventar a empresa, o mundo fez isso há 20 anos e estamos fazendo isso só agora. Nossas atividades de monopólio acabou, precisamos investir em tecnologia e nos novos métodos de comunicação. Os correios vem de um prejuízo de mais de 800 milhões só nesse semestre e mesmo sendo a contra gosto não temos condições de subsidiar o banco postal onde ele não seja lucrativo”, argumenta.

A operação do banco postal é deficitária com impacto direto nas pequenas cidades e nas agências mais periféricas. O Brasil tem 759 municípios onde a única possibilidade de agência bancária é um Banco Postal. Levantamento dos Correios estima que para se manter as mais de 6 mil agências no Brasil seria necessário custos mensais de R$ 28 milhões, os gastos caem para R$ 8 milhões se o investimento for apenas para os estados onde há exigência de detector de metal e segurança armada em 1979 agências.

O vice-presidente do Banco do Brasil, Walter Malieni Junior, disse que o banco não poderá arcar com a manutenção dos  6 mil pontos de Banco Postal se não houver uma parceria com o governo federal ou com outras instituições, incluindo Correios. “Não há outra solução se não uma parceria, nem o Banco do Brasil e nem os Correios podem arcar integralmente com essas despesas, as negociações ainda não evoluíram mas irão, até outubro teremos soluções para 1800 agências, para todas não”.

Fonte: Assessorias

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