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Juiza foi perseguida durante 40 minutos

Policiais tramaram morte de Patrícia Acioli com um mês de antecedência Assassinato PMS

Segunda - 19/09/2011 às 15:09



Foto: Reprodução PMs acusados de assassinar a juíza Patrícia Acioli
PMs acusados de assassinar a juíza Patrícia Acioli
 Imagens da juíza Patrícia Acioli sendo seguida pelos assassinos ajudaram a polícia a desvendar a mecânica do crime. Nas gravações, dupla de moto é flagrada por câmeras de segurança e de trânsito perseguindo o carro da magistrada por 40 minutos, em sete pontos distintos, desde que ela deixou o Fórum de São Gonçalo até ser morta na Região Oceânica de Niterói, pouco antes da meia-noite de 11 de agosto. As imagens foram mostradas ontem à noite durante o programa “Fantástico”, da TV Globo. 

O DIA noticiou com exclusividade há uma semana, os acusados — três PMs do 7º (São Gonçalo) — tiveram as prisões temporárias decretadas dia 11. Eles são o tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes e os cabos Sergio Costa Junior e Jefferson de Araujo Miranda.

Um detalhe chamou a atenção dos investigadores da Divisão de Homicídios: os assassinos passaram pelo carro da juíza quando ela tomou o caminho de Piratininga, onde morava, e esperaram por ela na porta da casa, como também revelou a reportagem publicada em O DIA no dia 12. A ultrapassagem do carro de Patrícia pela moto foi filmada pela câmera de um ônibus.

A investigação também rastreou os celulares dos acusados, o que mostrou que os três estiveram um mês antes do assassinato na rua onde morava Patrícia, para planejar o crime, como mostrou O DIA.

Tiros com o carro em movimento

A perícia no carro da juíza Patrícia Acioli mostrou que os assassinos atiraram com o veículo ainda em movimento, assim que a magistrada chegou à porta de sua casa. Houve disparos que entraram em linha reta na lataria e outros, em diagonal. Patrícia foi atingida por 21 tiros de revólver calibre 38 e pistola calibre 40, ambas armas usadas pela PM, e também de 45, de uso restrito. Segundo o laudo cadavérico, a maioria dos ferimentos foi no tronco e no pescoço.

Conforme O DIA noticiou com exclusividade em 22 de agosto, parte das balas que mataram a juíza era de um lote de munição comprado pela Polícia Militar.

A investigação ainda procura identificar as armas usadas no crime. A Polícia Civil recolheu mais de 700 armas no 7º BPM (São Gonçalo) para confrontar laudos de balística com os projéteis recolhidos no corpo de Patrícia Acioli.


 

Fonte: O DIA

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