Educação

Josef Fritzl jogou o corpo de um dos sete filhos no incinerador do pré

Piauí Hoje

Segunda - 28/04/2008 às 04:04



A polícia austríaca disse nesta segunda-feira que o homem que supostamente manteve a própria filha presa por 24 anos em um porão confessou tê-la aprisionado e, segundo fontes policiais citadas pelas agências de notícias internacionais, também admitiu ser pai de seus sete filhos. Citado pela Associated Press, o oficial da polícia austríaca Franz Polzer disse que o suspeito, Josef Fritzl, 73, também afirmou aos investigadores ter jogado o corpo de uma das sete crianças no incinerador do seu prédio após ela ter morrido logo depois de nascer. "Ele admitiu ter trancado sua filha, que tinha 18 anos na época, no porão, que fazia sexo repetidamente com ela, e que é pai de suas sete crianças", disse Polzer. "Ele também admitiu ter queimado uma das crianças no incinerador do prédio", afirmou. A polícia divulgou nesta segunda-feira fotos do local onde Elisabeth Fritzl, desaparecida desde 1984 e que tem hoje 42 anos, ficou aprisionada com três de seus seis filhos. O local não tinha janelas. Choque A Áustria amanheceu em estado de choque nesta segunda-feira, menos de dois anos depois do caso da jovem Natascha Kampusch, que ficou oito anos em um cativeiro também na Áustria. Efe Fotografia mostra o local onde filha e três crianças viviam em cativeiro A polícia prossegue com as investigações na chamada "casa do horror" para determinar em que condições Elisabeth viveu reclusa durante 24 anos ao lado de três filhos, em um espaço estreito de 50 a 60 m2 preparado por seu pai no porão do prédio em que a família mora, em Amstetten, 100 km ao oeste de Viena. O suspeito, detido neste domingo, compareceu a uma audiência com um juiz nesta segunda-feira. Após a detenção, Fritzl manteve silêncio e só revelou o código da fechadura eletrônica do porão. Os investigadores aguardam ainda os resultados dos exames de DNA que permitirão estabelecer os vínculos de parentesco de três homens e três mulheres, com idades entre 5 e 20 anos, que seriam fruto de incesto. Três crianças viviam com o pai e a mulher dele, Rosemarie, enquanto os outros três moravam trancados com a mãe no porão. Eles nunca nunca tiveram o direito de deixar o local. Cegueira A imprensa austríaca critica nesta segunda-feira a "cegueira" das autoridades que, como no caso de Natascha Kampusch, foram incapazes de descobrir durante o passar dos anos este drama qualificado pelo jornal "Osterreich" de "pior crime" na história de acontecimentos do país. "Como foi possível?", questiona o jornal "Die Presse", enquanto o tablóide "Kronen Zeitung" tenta estabelecer um perfil de Fritzl, um homem apaixonado pela pesca, apreciado companheiro de conversas entre seus amigos da cidade e "monstro" na intimidade do porão. O caso lembra o de Natascha Kampusch, seqüestrada por um homem quando caminhava para escola aos dez anos, em março de 1998. Seu cativeiro, em um porão na periferia de Viena, durou mais de oito anos, até o dia que conseguiu escapar, em agosto de 2006.

Fonte: UOL

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: