Foto: Lula Marques/Folha imagem
O operador Lúcio Bolonha Funaro
O corretor financeiro Lúcio Funaro, apontado como operador de propinas para o PMDB, assinou na terça-feira (22) o acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República.
Ligado ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, condenado a 15 anos de prisão por corrupção, Funaro promete revelar novos detalhes de esquemas de corrupção envolvendo o Michel Temer e políticos com foro privilegiado – a maioria do PMDB.
Em maio, quando a irmã dele Roberta Funaro foi presa na operação Patmos, deflagrada a partir da delação de executivos da JBS, Funaro decidiu fazer delação e se concentrou nas tratativas, trocando novamente de advogado para começar a rascunhar os anexos – fatos e personagens que ele pretendia entregar.
Os depoimentos que Funaro prestou, antes mesmo da assinatura do acordo de colaboração, tiveram repercussão em várias frentes de investigações. Um deles, o que o doleiro conta que o ex-ministro Geddel Vieira Lima sondou Raquel Pitta, esposa de Funaro, sobre a possibilidade de delação – levou Geddel a ser preso. O peemedebista já deixou a prisão.
Em outro depoimento, no último dia 7, Lúcio Funaro também relatou que fez várias entregas de "malas de dinheiro" nas mãos de Geddel em uma sala do aeroporto de Salvador (BA).
Já outro depoimento, também à Polícia Federal, foi usado na denúncia contra Michel Temer por corrupção passiva. Funaro disse que Temer sabia do pagamento de propinas na Petrobras.
Nas negociações de delação premiada, ele também disse que Temer orientou a distribuição de dinheiro desviado da Caixa Econômica Federal. A assessoria do presidente nega as acusações.
Fonte: Brasil 247
Siga nas redes sociais