Política

Janot aponta 11 motivos para afastamento de Cunha da Câmara

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enumerou em petição ao Supremo Tribunal Federal 11

Segunda - 25/04/2016 às 17:04



Foto: Divulgação Eduardo Cunha
Eduardo Cunha
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enumerou em petição ao Supremo Tribunal Federal 11 motivos para o \'necessário e imprescindível\' afastamento do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do mandato de parlamentar e de líder da Casa. O documento foi entregue ao STF em dezembro de 2015, mas a Corte ainda não tomou uma decisão.

Na sexta-feira (22), após uma palestra na Universidade de Harvard nos Estados Unidos, Janot disse acreditar que não deve demorar para que o futuro do presidente da Câmara seja definido.

"Nós enviamos várias denúncias contra ele e mais duas devem ser consideradas em breve pelo Supremo."

"Não podemos admitir que o terceiro homem na linha sucessória tenha um passado como o dele"
.

Em caso de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o vice Michel Temer (PMDB) assume a presidência e Eduardo Cunha, réu por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato, chegaria ao segundo cargo da linha sucessória.

O pedido de afastamento entregue por Janot ao Supremo traz um capítulo intitulado \'Dos atos que visaram embaraçar e impedir a investigação de organização criminosa\'.

Nele, o procurador aponta 11 razões que, em sua avaliação, justificam o afastamento de Eduardo Cunha.

"Certamente referido cargo (presidência da Câmara) lhe dá muito maiores poderes para atender aos interesses espúrios dos empresários, pois é o Presidente da Câmara o responsável por estabelecer a pauta de votação da Casa e, ainda, interferir na escolha de diversos cargos estratégicos para tais votações", diz Janot.

"A reiteração criminosa e o uso do cargo de representante do povo para atender interesses ilícitos e escusos, não apenas dos empresários, mas também próprios, é fator que demonstra a necessidade também do afastamento do cargo para evitar a reiteração criminosa, assegurando-se a ordem pública."

A defesa do presidente da Câmara, afirmou em petição entregue ao Supremo que os \'11 atos\' em que se baseia o procurador-geral da República são \'todos impertinentes\'.

Fonte: UOL

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