Ciência & Tecnologia

Internet móvel já responde por um terço da receita da Vivo

A empresa teve lucro de R$ 996 milhões entre janeiro e março de 2017

Quarta - 10/05/2017 às 16:05



Foto: vivofixosp.com.br Vivo
Vivo

As teles móveis gostam de mostrar que a oferta de conteúdo é estratégia para a digitalização, mas como se vê no resultado da principal operadora do setor no país, a grana segue mesmo na conectividade. A empresa teve lucro de R$ 996 milhões entre janeiro e março de 2017, fruto de R$ 10,3 bilhões em receitas operacionais líquidas de serviços. E a estrela foi a internet móvel. 

Daqueles R$ 10,3 bi faturados no primeiro trimestre, o segmento móvel respondeu por R$ 6,2 bilhões, dos quais R$ 4,2 bilhões vieram do que a empresa agrega como ‘dados e serviços digitais’. Os dados são a conectividade em si, o acesso a internet, que é praticamente toda essa conta, ou R$ 3,4 bilhões. Completam essa rubrica os ganhos com SMS e serviços digitais, o primeiro de R$ 373 milhões e o segundo de R$ 492 milhões, ambos em queda, de 2,5% e 12%, respectivamente. 

Diz a Vivo nas informações que passou à CVM que “a receita de internet móvel registrou crescimento de 56,6% na comparação anual, com aumento de 12,8% em relação ao 4T16 e já representando 79,7% da receita de dados no 1T17. Esse desempenho está diretamente relacionado ao crescimento nos acessos de dados pós-pagos, principalmente em planos 4G, ao aumento da venda de pacotes avulsos de dados e ao crescente parque de smartphones. Ao final do 1T17, 80,0% da base de clientes já possuía smartphones ou webphones, um aumento de 4,1 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior”.

Há uma clara estratégia da operadora nos planos pós pagos, o que envolve a migração dos clientes pré, e no consumo de dados. A empresa tem praticamente metade da base no pós (46%) e sozinha representa 2 de cada 5 clientes pós pagos de todo o mercado (42%). Os dados já representam 69% da receita média por usuário e a perspectiva é de que os clientes estão dispostos a pagar mais por melhor conectividade. 

“Compramos 20 MHz no primeiro leilão 4G, de 2,5 GHz, depois os 700 MHz e novamente outros 10 MHz do 2,5 GHz em cidades importantes. E usamos parte dos 1800 MHz também. Há um forte trabalho para oferecer carrier agreggator e hoje já temos em 56 cidades. Isso nos deixa capazes de ser mais eficientes, oferecendo maiores velocidades aos clientes e sendo capaz de cobrar mais”, explicou o vice presidente de Receitas, Christian Gebara, durante teleconferência com bancos na manhã desta quarta, 10/5. 

No segmento fixo, as receitas foram de R$ 4,1 bilhões, ainda lideradas pela voz (R$ 1,8 bi), mas com queda de 7,9% nesse ramo. Em alta mesmo, assim como no segmento móvel, é a conectividade. As receitas com banda larga fixa cresceram 11,4% no trimestre e são o segundo principal serviço (R$ 1 bi). Também aqui o que a empresa chama de ultra banda larga é o foco – com 60% dos acessos e alta de 16,7%. 

Fonte: UOL

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: