Geral

Instituições apuram casos de tortura no CEM

Quarta - 23/08/2017 às 12:08



Foto: Reprodução/Google Centro Educacional Masculino (CEM)
Centro Educacional Masculino (CEM)

A Comissão de Direito Penitenciário (CDP) e Direitos Humanos (CDH) da Ordem dos Advogados do Piauí (OAB/PI) vistoriou o Centro Educacional Masculino (CEM), juntamente com representantes do Ministério Público do Piauí, Defensoria Pública, Comitê de Prevenção e Combate à Tortura do Piauí, Associação dos Advogados Criminalistas e Conselho Estadual Psicologia.

As comissões compareceram ao local após denúncias sobre casos de tortura de menores CEM. O fato teria acontecido na última sexta-feira (18), em virtude do princípio de motim, quando a tropa da Polícia Militar interveio com força física, segundo relatos dos menores envolvidos.

A presidente da CDP, Lina Brandão, acompanhou a vistoria, percorrendo todas as alas do CEM e conversando com os menores e ouviu os relatos dos dois menores supostamente agredidos.

“Estamos aqui para averiguar a atual situação do Centro, em especial as denúncias que chegaram até nós. A partir de agora, a Comissão se reunirá para a criação de um relatório, que será entregue às autoridades competentes. A OAB-PI tomará todas as providências cabíveis para apurar os fatos ocorridos para solucionar a situação”, frisou Lina Brandão.

Ainda durante a ação, foi informado aos representantes das instituições e entidades a presença de armas, celulares, televisores e aparelhos de DVDs, que foram retirados na última vistoria feita pelos policiais e agentes.

Atualmente, o CEM possui 135 internos, cerca de 4 por cela. Segundo o coordenador Valter Santos, alguns serviços estão suspensos em virtude do motim. Valter Santos aproveitou a presença da Ordem para solicitar apoio, em busca de melhorias para o sistema do Centro.

“A OAB-PI não apoia nenhum tipo de tortura. Por essa razão, iremos apurar o caso e, se contatadas, tomar as medidas legais cabíveis”, destacou o presidente em exercício da Ordem, Lucas Villa. A Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB-PI também esteve no local na última segunda-feira (21), a fim de apurar as denúncias.

Fonte: Da Redação

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: