INSS reduz de 19 para 3 dias o tempo médio para perícias médicas no Pi

Piauí Hoje


Teresina - A Gerência Executiva do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, no Estado, vem reduzindo, gradativamente, o tempo de espera para a realização de perícias médicas nas suas agências. Até o ano passado, esse tempo de espera era de 19 dias - em média - e agora é de apenas 3 três dias. Na maioria das Agências há vagas para perícia no mesmo dia em que o segurado requere o benefício. O tempo médio de espera é medido levando em consideração o prazo entre a marcação e a realização da perícia. Segundo o gerente executivo do INSS no Piauí, Ulpiano Tavares, com a diminuição do tempo de espera para perícia médica, houve uma reorganização da agenda de atendimentos e um maior número de segurados vêm sendo atendidos nas agências da Previdência no Estado. "A nossa meta é acabar totalmente com a espera. Estamos trabalhando para que o cidadão realize sua perícia no mesmo dia que marcou, como já vem acontecendo", diz o gerente.De acordo com Ulpiano Tavares, agora, o acompanhamento das vagas nas agendas médicas para realização de perícia é feito diariamente. "Quando nos deparamos com alguma distorção no agendamento, procuramos focar nela para solucioná-la, deslocando médico para onde está havendo problema. Esse trabalho é coordenado pela médica Wáldima Oliveira, chefe da Seção de Gerenciamento de Benefícios por Incapacidade - SGBNIN ", explica o gerente do INSS.NÚMEROS DA PERÍCIA NO PIAUÍ - A Gerência do INSS no Piauí possui 20 Agências da Previdência - APS"s, e 69 médicos peritos. Nessas agências são realizadas cerca de seis mil perícias médicas por mês. Em apenas três das 20 APS,s no Estado (Parnaíba, Valença e Floriano), o tempo médio de espera para realização de perícias ainda varia entre 5 e 10 dias. Na maioria das outras 17 APS"s existente no Estado há vaga na agenda da perícia para o mesmo dia em que o Benefício é requerido.O gerente Ulpiano Tavares, garante que, para sanar o problema de agenda de perícia médica na APS de Parnaíba, já enviou mais um médico perito para aquela APS. Segundo ele, também está em curso o processo de remoção de uma médica de uma agência do interior do Maranhão para trabalhar na Agência de Valença. No caso da APS de Floriano, Ulpiano diz que está sendo reorganizada a agenda de perícias e que lá o tempo de espera também já começou a cair.O AUXÍLIO E AS DOENÇAS - De acordo com dados do INSS, no Piauí, dos seis mil segurados que se submetem à perícia médica, mensalmente, em cerca de 70% dos casos fica confirmada a existência de incapacidade para o trabalho no exame inicial. Estes segurados passam a receber o Auxílio Doença, um dos 12 benefícios pagos pelo Instituto. Findo o prazo concedido para o benefício, se houver pedido do segurado esse benefício poderá ser prorrogado se um novo exame pericial constatar a permanência da incapacidade para o trabalho. Os dados da Seção de Gerenciamento de Benefícios por Incapacidade - SGBNIN, do INSS também revelam que as doenças que mais incapacitam para o trabalho, gerando Benefício por Incapacidade no Piauí, estão em pelo menos cinco grupos. - 1º GRUPO - Doenças do sistema osteomuscular como artrose e hérnia de disco; 2º GRUPO - Pós operatório; 3º GRUPO - Lesões por traumatismos provocados por acidentes de qualquer natureza; 4º GRUPO - Doenças psiquiátricas, como psicose e outros transtornos mentais; 5º GRUPO - Hipertensão Arterial.AGENDA REORGANIZADA - A chefe da Seção de Gerenciamento de Benefícios por Incapacidade - SGBENIN, Wáldima Oliveira, diz que, mensalmente, os médicos peritos do INSS no Piauí se reúnem para avaliar o trabalho realizado, discutir novas estratégias para o cumprimentos das Normas emanadas da Direção Central e propor novas ações de ajuste nas condutas. A reunião do mês de agosto será na póxima sexta-feira (29/08), no auditório do Conselho Regional de Medicina - CRM/PI.Wáldima explica que durante as reuniões, além da atualização técnica, são trabalhados os fatores que geram a diferença entre o tempo de espera para a realização da perícia médica nas diversas APS"s. Os principais, segundo ela, são: a distribuição de médico nas diversas Agências, a demanda de requerimentos, o afastamento de peritos por férias, ou por licenças, e a conclusão pericial.Wádima Oliveira também explica que o deslocamento de peritos para as APS"s com problemas de agenda e a capacitação continuada dos profissionais são os principais fatores que contribuem para a diminuição do tempo de espera para realização de perícia médica. "Essa queda representa um ganho na qualidade do atendimento e é resultado do empenho dos peritos que se dispõem a sair da APS de sua lotação para trabalhar a agenda das Agências com menor oferta de vaga para perícia", conclui a médica.PAGAMENTO - O INSS paga, hoje, no Piauí, 455 mil benefícios. Deste total, 307 mil beneficiam os trabalhadores do campo e 148 mil na área urbana. E o valor médio dos benefícios concedidos é, em sua maioria, igual a um salário mínimo. Em julho, o Instituto desembolsou mais de R$ 189,2 milhões só para o pagamento destes benefícios.A transferência de renda promovida pela Previdência Social no Piauí com o pagamento de aposentadorias e pensões representa 15% do Produto Interno Bruto - PIB, do Estado. Essa transferência também supera o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Em julho, os recursos previdenciários repassados ao Piauí chegaram a R$ 189,2 milhões, enquanto o repasse do FPM para o Estado foi de apenas R$ 77,7 milhões, em junho.

Fonte: Por Luiz Brandão

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