Saúde

Idosos: Especialistas alertam para os riscos de doenças pulmonares

Pessoas com mais de 60 anos são as mais atingidas pela Fibrose Pulmonar Idiopática, uma doença respiratória grave que se intensifica ao ser negligenciada

Quinta - 28/09/2017 às 16:09



Foto: Idoso Feliz Idoso
Idoso

Conhecida como a estação das flores, a chegada da primavera traz consigo um clima agradável e úmido em substituição ao inverno seco. Apesar de ser muito esperada pelo brasileiro, as mudanças de temperatura ao longo do dia e o aumento de substâncias irritantes no ar, como pólen, ácaro, poeira e outros agentes causadores de alergias, provenientes justamente das flores da estação, exigem cuidado redobrado com a saúde respiratória, principalmente dos idosos, que são mais propensos a doenças pulmonares e os mais afetados pelas alterações climáticas.

Segundo a médica Cláudia Costa, coordenadora da disciplina de Pneumologia e Tisiologia da UERJ – Universidade do Estado de Rio de Janeiro, os sinais como tosse seca, falta de ar, maior frequência de resfriados, cansaço constante ou indisposição para realizar as atividades rotineiras, falta de apetite e perda de peso podem ser atribuídos aos efeitos naturais do envelhecimento, mas não devem ser negligenciados pois são sintomas comuns da Fibrose Pulmonar Idiopática, uma doença sem cura e não infecciosa em que o tecido do pulmão é recoberto por cicatrizes, prejudicando assim a sua capacidade para realização das trocas gasosas e oxigenação do sangue.

“Indícios de problemas respiratórios nos idosos são, muitas vezes, deixados de lado. Essa atitude pode esconder doenças crônicas e até mesmo graves, que devem ser tratadas de forma rápida e eficaz para evitar complicações”, reforça a especialista.

Dados do Ministério da Saúde revelam que as doenças do aparelho respiratório são a segunda maior causa da morte de idosos no Brasil¹, população que totaliza 23,5 milhões de pessoas no país². A Dra. Cláudia reforça que o diagnóstico precoce faz toda a diferença. “A fibrose pulmonar idiopática, por exemplo, não tem cura, mas o tratamento em fase inicial pode retardar a progressão da doença”, explica.

No caso de Renato Menezes, diagnosticado aos 58 anos de idade, a doença começou com uma tosse que o acompanhava há anos, mas que foi ignorada pelo histórico de tabagismo. “Como fumei por 35 anos e parei há oito, pensei que a tosse iria embora com o cigarro. Mas no final de 2013, o sintoma se agravou e começou a incomodar, além da voz falhar, eu não conseguia completar frases", relata Renato.

A consulta ao pneumologista, especialista mais indicado para tratar a doença, pode tornar o diagnóstico mais rápido e assertivo. “Estou tentando não mudar muito o meu estilo de vida, faço fisioterapia, exercícios respiratórios e até comprei uma esteira para fazer caminhadas com auxílio de oxigênio, assim posso continuar passeando com a minha família, coisa que mais gosto de fazer”, conta o aposentado.

Fonte: Noticias ao Minuto

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