Ibama veta exploração de petróleo em área de corais amazônicos

Estudos de licenciamento ambiental foi vetado pela terceira vez


Petróleo

Petróleo Foto: Residência Técnica – Escola Técnica

Pela terceira vez, o Ibama rejeitou nesta segunda-feira (28) os estudos de licenciamento ambiental para a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas. A petroleira francesa Total terá apenas mais uma oportunidade para complementar as informações.

Em despacho baseado em parecer técnico, a presidente do Ibama, Suely Araújo, listou dez pendências não cumpridas pela empresa francesa, entre as quais esclarecimentos sobre a modelagem de dispersão de óleo em caso de vazamento e um projeto de monitoramento adequado.

"A modelagem de dispersão de óleo, por exemplo, não pode deixar qualquer dúvida sobre os possíveis impactos no banco de corais e na biodiversidade marinha de forma mais ampla", escreveu Araújo.

Outra ressalva do Ibama contra o licenciamento é a falta de "tratativas tratativas internacionais relacionadas aos potenciais riscos transfronteiriços no licenciamento" para Guiana Francesa, Suriname, Guiana e Venezuela, além de alguns arquipélagos caribenhos".

Ao final do parecer, Carneiro afirma que é terceira e última vez que o Ibama solicita informações complementares sobre o impacto ambiental: "Caso o empreendedor não atenda os pontos demandados pela equipe técnica mais uma vez, o processo de licenciamento será arquivado".

"Esse processo é tao insano que já deveria ter sido arquivado", diz Nilo D'Ávila, coordenador de campanhas do Greenpeace no Brasil ."Toda a prudência mandaria estudar mais os corais. Além disso, o mundo não precisa mais de petróleo, mas de uma revolução energética."

Descoberto em abril do ano passado, o coral se estende do Maranhão ao Amapá, com área total de 9.500 km², equivalente a seis cidades de São Paulo. É único no mundo por estar em águas profundas de pouca luminosidade. Ao todo, a foz do rio Amazonas tem sete blocos. O mais próximo do recife pertence à Total, concessionária de cinco blocos. Em fevereiro, a empresa francesa informou que, no máximo, haveria perfuração a 35 km dos corais.

Fonte: Folhapress

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