O aniversário de 68 anos do Hospital Getúlio Vargas, a ser comemorado no dia 3 de maio, domingo, e que terá programação a ser cumprida de segunda à sexta-feira, será o primeiro, desde a desativação da urgência e emergência, transferidos em agosto do ano passado para o Hospital de Urgência de Teresina Dr. Zenon Rocha. O fim desse serviço fez com que o hospital se dedicasse aos casos de média e alta complexidade, sua vocação, desafogando o atendimento. Só em ortopedia, havia cerca de 800 pacientes na fila.Várias das especialidades oferecidas fazem do hospital uma referência para as regiões Norte e Nordeste e sua fama chegou à Região Centro-Oeste do país. Com 330 leitos em 12 clínicas e duas unidades de terapia intensiva, o HGV tem 2.050 servidores e 20 mil atendimentos por mês. O Centro Cirúrgico (CC), com 12 salas nas quais os médicos podem operar simultaneamente, faz cerca de 40 cirurgias por dia. O CC está sendo ampliado e em breve estarão disponíveis mais três salas cirúrgicas, o que vai ampliar ainda mais sua capacidade de atendimento.É o único da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) que faz operação de coluna, implanta próteses e trata joelho, ombro e quadril. Além disso, utiliza procedimentos avançados de microcirurgias e até mesmo transplante de nervos e reimplantes de tendões, nos quais os cirurgiões operam apoiados por microscópios.O supervisor da Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia da instituição, Geraldo Vasconcelos, disse que são feitos cerca de 50 procedimentos de alta complexidade por mês em ortopedia. Além de receber pacientes do interior do Piauí, o HGV atende pessoas vindas do Pará, Ceará, Maranhão e Tocantins. A instituição tem fama até mesmo em Brasília, onde funciona o renomado Hospital Sara Kubitschek. Vários dos pacientes do hospital vêm da capital federal para o Piauí, em busca de tratamento no HGV.Ampliação e reformaFundado em 3 de maio de 1941, o hospital está passando, neste momento, por um de seus mais amplos programas de reforma e ampliação de sua história. O Governo do Estado, com apoio do Governo Federal, está investindo cerca de R$ 26 milhões na reforma que atinge vários setores do hospital. A reforma começou em 2003 e está prevista para terminar no fim de 2010. A megarreforma em andamento faz parte da atual administração estadual a primeira a intervir no HGV com esse nível de abrangência para melhorar suas diversas áreas e serviços.O programa de reformas faz com que o HGV ganhe instalações e equipamentos semelhantes aos empregados nos melhores hospitais privados do país. Dentre as etapas que já foram entregues à população, estão as clínicas Nefrológica, Oftalmológica, Urológica, Dermatológica e Neurológica. Já foram entregues o Laboratório de Análises Clínicas, que auxilia os médicos para um diagnóstico mais preciso e rápido, e serviços de nutrição e dietética com refeitório capaz de fornecer 3.500 refeições ao dia.A Unidade de Terapia Intensiva (UTI Geral), inaugurada em dezembro do ano passado após ampliação na qual foram investidos R$ 1,909 milhão, aumentou o número de leitos de nove para 21 e passou a ser uma das mais equipadas do país. Porém, a UTI Geral já está sendo ampliada e recebe equipamentos novos e modernos.Em conclusão prevista para este ano, estão as clínicas de Pneumologia, Ginecologia e Anatomia Patológica, além do Necrotério. A área onde funcionou o Pronto-Socorro será revitalizada. Foi aberta licitação para ampliação e reforma do local para implantação do serviço de diagnóstico e tratamento com ressonância magnética e hemodinâmica. O diretor-geral da instituição, Noé Fortes, está satisfeito com os resultados e está empolgado com programa de reformas e ampliação do HGV.Ele disse que mais obras estão em andamento. "Vamos ampliar o Centro de Esterilização e a área administrativa. Teremos um anfiteatro com 120 lugares. Modernizaremos a Capela e teremos duas praças internas. O entorno do hospital terá nova aparência, com novas cores e estilo. A parte frontal será diferente, o que vai melhorar a recepção de pacientes e acompanhantes. Os funcionários terão acesso lateral", afirmou.Noé Fortes disse que será construída uma Usina de Gases que vai fornecer ao hospital oxigênio necessário. Será construída a Nefrologia Pediátrica para crianças que precisam de hemodiálise. E a Farmácia Central e o Almoxarifado serão reformados e terão nova localização. A área central do hospital será destinada à convivência para funcionários e será construído um pátio para manutenção e oficinas.Melhoria do atendimento ao usuárioPara facilitar e humanizar o atendimento, o hospital implantou o serviço Disque HGV, que usa o telefone 0800 280 8673. Por ele, o paciente agenda a consulta e fica sabendo o dia e a hora em que será atendido. O serviço, que funciona de segunda à sexta-feira das 8h às 20h e aos sábados, das 8h às 14h, melhora o atendimento. Ao completar três meses de funcionamento, o Disque HGV havia agendado cerca de 19 mil consultas.Antes do serviço, os pacientes tinham que chegar ao hospital na noite do dia anterior para enfrentar a fila. A novidade parte do Programa de Modernização e Humanização e de imediato, acabou com as filas e com a figura do atravessador de consultas.Hospital Escola que é modeloO HGV se destaca também por ser um hospital de ensino, pesquisa e extensão com programas de residência em Clínica Médica, Gastroenterologia, Urologia, Cirurgia Geral, Oftalmologia, Ortopedia, Ginecologia e Mastologia, entre outros. A primeira turma de residência médica em Ortopedia sai neste semestre. Os melhores médicos piauienses passam, em sua formação, pelo HGV.A residência do curso de Medicina da Universidade Federal do Piauí (UFPI), considerado um dos seis melhores do país, é no Hospital Getúlio Vargas, tido como um centro multidisciplinar adequado por causa da diversidade de patologias ali tratadas. O hospital conta com profissionais das mais diferentes áreas, como médicos, enfermeiros e nutricionistas altamente especializados e esse aspecto é importante para que cumpra com competência sua missão, que é salvar vidas.
Fonte: CCOM
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