Brasil

Hospitais do RS entram com ação por bloqueio das contas da União

A escassez de recursos que prejudica os atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS)

Terça - 16/08/2016 às 04:08



Foto: www.portalodia.com Saúde Pública
Saúde Pública

Oito hospitais filantrópicos do Rio Grande do Sul decidiram se unir a outras instituições para pedir o bloqueio de contas da União. O motivo é a escassez de recursos que prejudica os atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em todo o país, cerca de 50 hospitais entraram com ação.

Segundo a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, os valores da tabela SUS, por exemplo, não são corrigidos há 12 anos. A intenção é buscar na Justiça o reajuste.

"Os pedidos contemplados nessa ação, fundamentalmente, estão primeiro no bloqueio das contas da União no que tange a esta relação deficitária mensal", diz o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul, Francisco Ferrer. "E também uma indenização dos últimos cinco anos com relação a este déficit”, explica.

Entraram com a ação a Santa Casa de Porto Alegre; o Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), também na capital; a Santa Casa de Pelotas; o Hospital Bruno Born de Lajeado; Hospital de Caridade de Ijuí; Hospital Santa Cruz, deSanta Cruz do Sul; o Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo; e o Hospital Pompéia de Caxias do Sul.

Ferrer explica que a intenção da ação é beneficiar as outras santas casas do Brasil. “Logrando êxito nesse processo judicial chamamos o Ministério da Saúde pra uma discussão maior que envolve as 1754 Santas Casas do país.”

Cirurgias suspensas em Caxias do Sul
No Hospital Pompéia, de Caxias do Sul, na Serra, parte das cirurgias que não são de urgência  estão suspensas desde o início de julho. O número de consultas com especialistas também diminuiu. Segundo a direção, o déficit mensal ultrapassa R$ 1 milhão.

Os pacientes reclamam da situação. "A questão de atendimento, vemos que não é com tanta agilidadee", observa o conferente Paulo Cemin. "É bem complicado porque não temos outros recursos, não tem onde procurar. Depende disso", complementa a aposentada Cenira Ribeiro.

Fonte: globo.com

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