Educação

Homens e mulheres fazem tatuagens, implantes e mutilações para imitar

Piauí Hoje

Terça - 26/08/2008 às 04:08



A visita da artista performática francesa Orlan ao Brasil reacendeu a polêmica que ela mesma provocou no início dos anos 90, ao transmitir ao vivo pela TV as cirurgias que modificaram seu rosto - incluindo o implante de um par de chifres na testa. Enquanto os médicos cortavam sua pele, Orlan fazia pinturas com o próprio sangue. A artista veio ao país para um ciclo de palestras sobre "arte carnal" em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. Modificar o corpo com adornos, pinturas, perfurações, implantes, deformações ou mutilações faz parte dos hábitos e tradições dos mais diferentes povos, de africanas pescoçudas e índios brasileiros "bocudos" a velhinhas chinesas com pés de boneca - foi moda durante muito tempo na China enfaixar os dedos virados para baixo desde a infância para o pé parecer menor. Hoje, com a explosão das tatuagens e piercings, homens e mulheres de todo canto do planeta se sentiram motivados a modificar seus corpos radicalmente. Reunimos imagens de pessoas que, de tão "tunadas", já nem parecem seres humanos.Homem-lagarto Erik Sprague, um americano de 36 anos, em 1999 abandonou o doutorado em filosofia para se dedicar à carreira de artista performático em tempo integral. Erik se transformou no Lizardman - O Homem-Lagarto.Ele calcula já ter passado 700 dolorosas horas nas mãos dos tatuadores.Outras marcas registradas do Homem Lagarto são os chifres de teflon implantados sob a pele das sobrancelhas, a língua partida e os dentes lixados. Lizardman é casado e cria quatro ferrets. Corpo coberto O neozelandês Lucky Diamond Rich entrou para o Livro dos Recordes como a pessoa mais tatuada do mundo.Depois de centenas de tatoos feitas por artistas de várias partes do mundo, ele decidiu pintar o corpo todo de preto - incluindo lugares sensíveis, como as pálpebras, a pele entre os dedos e a genitália.Agora ele está fazendo tatuagens brancas sobre o fundo preto. Lucky faz malabarismos com serra elétrica e engole espadas. Caminhos do tigreQuando Dennis Avner nasceu, em 27 de agosto de 1958, ainda era fácil ver que ele pertencia à espécie humana.Dennis é descendente de índios huron e lakota, da América do Norte. Seu nome indígena é Stalking Cat ("felino caçador"). Um dia, ele foi se aconselhar com um velho chefe huron, que teria dito: "Siga os caminhos do tigre".Dennis levou as palavras do sábio ao pé da letra e, com 23 anos de idade, iniciou sua fantástica metamorfose.O ex-técnico de sonares da Marinha americana e programador de computadores celebra seus 50 anos bem perto de seu objetivo: ser um cruzamento perfeito entre homem e felino, incorporando o que cada um tem de melhor. Made in Brazil A brasileira Elaine Davidson, que mora em Edimburgo, na Escócia, é a recordista mundial de piercings. Em maio de 2008, ela tinha nada menos que 5.920 deles espalhados pelo corpo.Quando quebrou o recorde pela primeira vez, em maio de 2000, um representante do "Guinness, o Livro dos Recordes" constatou que ela tinha 462 piercinigs, sendo 192 no rosto.Em agosto de 2001, ela foi examinada novamente: 720 piercings. Em 2005, o jornal "The Guardian" publicou que ela já tinha 3.950 peças. Hoje ela tem mais piercings na genitália do que em qualquer outra parte do corpo - 500, entre externos e internos. Fama de durãoKala Kawai é conhecido como "o havaiano mutante". O que mais impressiona nele são os chifres pontiagudos implantados na cabeça.Diz a lenda que ele colocou os próprios piercings e partiu a língua ao meio com fio dental.Indomável Esse rapaz atende pelo nome de Pauly Unstoppable ("Pauly Sem Parada"). Ele é britânico e tem 23 anos. Em entrevista à revista Bizarre, ele afirma ter colocado os primeiros piercings (na orelha) aos 7 anos de idade.Aos 11, começou a pôr peças cada vez maiores na orelha. Nessa época perfurou o nariz com uma agulha de costura. Depois, sem utilizar equipamentos de hospital, fez cortes no próprio pênis.Mas Pauly sobreviveu a isso e a um atropelamento, três paradas cardíacas, tiros, quedas facadas, overdoses e uma tentativa de queima-lo vivo numa briga. Esqueleto O canadense "Zombie Rick" já gastou o equivalente a R$ 13 mil para se transformar, por meio de tatuagens, em um "esqueleto vivo". Ele pretende reproduzir em seu próprio corpo a imagem de um cadáver em decomposição. Segundo o "zumbi" canadense, o trabalho de tatuagem está 50% completo.

Fonte: G1

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: