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\"Homem canibal\" tenta comer o rosto da ex-esposa e é preso no Piauí

homem canibal rosto ex-mulher

Quarta - 28/09/2011 às 14:09



 No ultimo fim de semana foram registrados pelo menos dois casos de violência contra a mulher na Delegacia de Policia de São João do Piauí. As agressões ocorreram nos Bairros Vermelho e Juazeirinho.

Na noite de sábado, 24, no bairro Vermelho, uma moradora de 37 anos foi agredida novamente pelo ex- marido, que em junho deste ano a atacou com ato de canibalismo. O homem conhecido pelo apelido de Nanô agrediu a ex- mulher em uma festa, jogando-a no chão enforcando e gritando “eu vou comer sua cara”, o agressor desferiu uma mordida no rosto da ex -mulher, com a intenção de arrancar um pedaço da bochecha, o ferimento rendeu uma sutura de 3 pontos. O agressor na época, foi preso pela policia e solto pela justiça para responder em liberdade o processo por agressão e tentativa de homicídio.


Delegado José Welinghton Rodrigues

Após três meses, o homem canibal volta a atacar a mesma vitima. No ultimo sábado, a ex- mulher estava em casa quando Nanô, armado de um facão, desta vez, disse que “iria partir a ex- mulher ao meio”. Das ameaças nem os filhos foram poupados. A Policia Militar ainda conseguiu prende-ló em flagrante. Nanô esta detido, e de acordo com o delegado de Policia José Welinghton, desta vez ele não tem escapatória, vai permanecer detido até o julgamento.


“Em junho deste ano quando ele foi preso, foi liberado pela justiça para responder o processo em liberdade por ser reincidente, e na condição de não mais se aproximar da ex-mulher. Desta vez é diferente, ele voltou a cometer o crime de agressão, foi preso em flagrante, e será difícil a justiça conceder a liberdade. Ele vai aguardar o julgamento detido”, explicou o delegado.

Outro caso onde o agressor também é reincidente, foi registrado neste fim de semana. Um homem morador do bairro Juazeirinho, agrediu física e moral pela quarta vez a mulher, enforcando-a, xingando e ameaçando de mata-lá com uma faca. O agressor impediu a mulher de entrar em casa, forçando-a a morar na casa da mãe.Ele foi notificado a comparecer na Delegacia de Policia. Enquadrado na Lei Maria da Penha, ele está sendo acusado de injúria e de lesão corporal grave.

“Já neste caso, ele não esta detido porque não foi flagrante, mas vou fazer o pedido de medida protetiva de urgência para que o agressor se mantenha afastado da vitima, não se comunique com ela e tão pouco freqüente a casa onde ela reside,vou pedir ainda a aplicação da pensão alimentícia para os filhos do casal. Ele será punido conforme prevê a lei Maria da penha”,disse o delegado.

Coragem
O delegado explica que os episódios de violência ocorrem com mais freqüência na periferia e aumentam nos fins de semana. A maioria dos casos é resultado do efeito do álcool.

Para ele, as estatísticas refletem o encorajamento das vítimas na hora de denunciar os agressores à polícia. O aumento de flagrantes enquadrados na lei deve-se à popularização da lei Maria da Penha. “A lei está sendo bastante divulgada. Com a Maria da Penha, as mulheres se sentem mais confiantes na hora de denunciar os companheiros”, acrescenta o delegado.

Delegacia da Mulher
As mulheres tornam-se reféns em diferentes situações e, em casos como os do fim de semana, o uso do álcool por parte dos agressores é um agravante. O atendimento a elas poderiam aumentar e melhorar com a implantação de uma delegacia da mulher.

Na ultima quinta-feira, 22, foi realizado a I conferência da Mulher em São João do Piauí, objetivando alem de ampliar o debate em torno das políticas públicas para as mulheres, reivindicar implantação de uma Delegacia da Mulher para o município.

A vinda de uma delegacia especializada para atendimento à mulher em São João do Piauí é muito importante, pois as vítimas de violência estão fragilizadas, ficam constrangidas e não se sentem à vontade no ambiente de uma delegacia de polícia comum. Muitas até desistem por conta desta realidade.

Proteção
A Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Entram na lista agressões físicas, psicológicas, sexuais, patrimonial e moral. Conforme a legislação, a autoridade policial tem a obrigação de, no atendimento à mulher, garantir a proteção, encaminhar ao hospital, fornecer transporte para abrigo ou outro local seguro e acompanhá-la até sua casa.

Fonte: portaljenipapo

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