Saúde

HGV realiza procedimento endovascular inédito

Minimamente invasivo, o tratamento oferece menor risco de complicações que o método convencional.

Quinta - 09/03/2017 às 16:03



Foto: Ascom HGV
HGV

O Serviço de Hemodinâmica do Hospital Getúlio Vargas (HGV) realizou, nessa quarta-feira (8), a primeira correção endovascular de aneurisma de aorta torácica, tornando o HGV pioneiro nessa técnica cirúrgica na rede publica de saúde do Piauí.

"Minimamente invasivo, o tratamento oferece menor risco de complicações que o método convencional ", destaca o cirurgião vascular e coordenador da Hemodinâmica do HGV, Martônio Assunção.

O primeiro paciente a passar pelo procedimento foi o aposentado, A.R.D, 70 anos, morador da cidade de Parnaíba, que apresentava um aneurisma de aorta torácica com alto risco de ruptura. Ele se recupera bem. O paciente foi transferido do Hospital Universitário (HU/UFPI)  para o HGV, onde foi submetido ao tratamento endovascular.

Martônio Assunção explica que na correção endovascular são feitas pequenas incisões na região da virilha, por onde um cateter é inserido e posicionado através da artéria femoral até o aneurisma, com auxilio de imagens em tempo real. Em seguida, a prótese (stent) em forma de tubo é fixada por dentro da artéria e liberada, ocorrendo uma expansão automática da prótese, que se fixa na parede da aorta reforçando o vaso sanguíneo e impedindo que o aneurisma se rompa.

"O tratamento endovascular é menos agressivo e com menor risco de complicações quando comparado à cirurgia convencional, em que há necessidade de abrir o tórax do paciente, o que torna a operação mais complexa. Dura cerca de três horas, sob anestesia local ou geral, enquanto que a convencional demora até seis horas. Também reduz o tempo de internação na UTI, pois o processo de recuperação é mais rápido", completa Martônio.

Aneurismas de aorta torácica

De acordo com Martônio Assunção, os aneurismas de aorta torácica podem enfraquecer a aorta, o maior vaso sanguíneo do corpo. "E isso pode ser fatal se o aneurisma se romper, pois irá causar um intenso sangramento interno. A taxa de mortalidade em casos de ruptura de aneurisma de aorta é muito alta", alerta o cirurgião.

Os fatores que propiciam o aparecimento do aneurisma são idade, ocorrem mais frequentemente em idosos, tabagismo, hipertensão, aterosclerose, que é o acúmulo de gordura e outras substâncias que podem danificar o revestimento de um vaso sanguíneo, e histórico familiar.

Fizeram parte da equipe, os cirurgiões vasculares Martônio Assunção e Nilo Luiz. O anestesiologista Walberto Eulálio. Os médicos residentes Laurindo Fernandes e Rodrigo Medeiros. Os enfermeiros Whalleson Oliveira e Claudicéia Noleto. E os técnicos de enfermagem Mário Sousa e Cardênia Batista.

Fonte: CCOM

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