Política

Heráclito reúne jornalistas em café e fala sobre reformas, delação e "boca mole"

O deputado diz que recebeu legalmente R$ 100 mil da Odebrecht e defendeu continuidade da Lava Jato

Segunda - 19/12/2016 às 14:12



Foto: paulo Pincel Deputado federal Heráclito Fortes (PSB-PI)
Deputado federal Heráclito Fortes (PSB-PI)

O deputado federal Heráclito Fortes (PSB-PI) reuniu nesta segunda-feira (19), em casas de eventos da zona Leste de Teresina, jornalistas, blogueiros e colunistas sociais no tradicional café da manhã à imprensa.

Antes do café, Heráclito Fortes concedeu uma “coletiva” improvisada na entrada do salão onde foram servidos frutas, frios, bolos, tortas e outros pratos, regados a suco de acerola e caju, café, leite e chocolate. Comentou a delação de Cláudio Melo Filho, contribuição de campanha recebida da Odebrecht, reforma da previdência e até do seu apelido “Boca Mole”.

Heráclito Fortes também falou sobre diversos assuntos, pouco antes de iniciar o sorteio dos brindes que sempre oferece aos convidados, inclusive passagens aéreas - que este ano só incluíram roteiros nacionais, como o Rio de Janeiro e São Paulo.

Segundo o deputado, 2016 foi “um anozinho filho da mãe”, que terminou com a adoção de medidas duras, mas essenciais pelo governo de Michel Temer, na avaliação dele. “Foi um ato de coragem, de determinação, mas acima de tudo de sobrevivência. Vivemos um momento delicado, que exigiu que o governo baixasse uma regra com cota de sacrifício para todo mundo”.

Sobre as denúncias contidas na delação do vice-presidente de Relações Institucionais da construtora Odebrecht, Cláudio Melo Filho, Heráclito Fortes disse que “se há uma coisa que não me abalou foi essa delação”.

O parlamentar confirmou que sempre recebeu ajuda da empreiteira para campanha. E que em nenhum momento seu nome é envolvido em irregularidade. O deputado brincou, afirmando ter ficado chateado porque só levou R$ 100 mil, quando teve gente que recebeu mais. O dinheiro foi recebido legalmente e declarado á Justiça Eleitoral.

Sobre o codinome “Boca Mole”, com o qual é citado na delação de Claudio Melo Filho, Heráclito Fortes lembrou que esse era o apelido com o qual os militares tratavam o ex-presidente Tancredo Neves, durante o regime militar.

Heráclito Fortes encerrou a fala desejando que 2017 não seja tão complicado quanto foi este ano. Defendeu que a Operação Lava Jato continue e puna os corruptos todos. “Quem tiver culpa que pague, mas o Brasil não pode parar”.

O deputado João Mádison foi ao café abraçar Heráclito FortesO deputado João Mádison foi ao café abraçar Heráclito Fortes

Fonte: Paulo Pincel

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