O ministério revisou o protocolo de tratamento do influenza para evitar o agravamento da epidemia. A recomendação é que os Estados que não atingiram a meta continuem a campanha e façam busca ativa nos grupos prioritários. Além disso, instituições de saúde serão orientadas a não esperarem o desenvolvimento de sinais graves de gripe para iniciar o uso de Tamiflu (oseltamivir), nem esperar a confirmação dos exames.
"Desde 2011 retiramos qualquer regra restritiva para o Tamiflu; profissionais de saúde devem ter acesso fácil e rápido ao medicamento. Também vamos acompanhar o fornecimento de Tamiflu nas farmácias", afirmou o ministro da Saúde Alexandre Padilha.
O ministro também informou que a pasta vai continuar monitorando casos da gripe H3N2, que causou mortes nos EUA no último inverno. Houve casos da doença este ano no Brasil, mas elas não apresentaram gravidade. Vale lembrar que a vacina contempla esta cepa.
Segundo o ministério, não há como reverter a curva epidemiológica, ou seja, impedir a evolução da doença. A única coisa que pode ser feita é proteger as populações mais vulneráveis. Pesquisas feitas no ano passado indicaram que o maior número de mortes por H1N1 foram de pessoas com doenças crônicas associadas. Também em 2012 foi constatado que pacientes receberam o Tamiflu tarde demais.
Equipes do ministério já foram enviadas para investigar os casos ocorridos no Estado de São Paulo, uma vez que nem sempre as notificações são completas.
Questionado se a campanha de vacinação deveria ter começado antes, o ministro respondeu que não. Segundo ele, existe um tempo para produção da vacina (para que ela tenha a cobertura necessária). E é preciso que a imunização seja feita apenas algum tempo antes do inverno, porque a proteção oferecida pela imunização é maior durante os primeiros dois meses e meio.
Fonte: UOL