Segundo familiares da vítima, a esposa do lavrador disse que ele teria saído às 5h da manhã de casa para trabalhar na lavoura. Às 8h, Lucimara Rodrigues da Silva, a começou a procurar pelo marido, vindo à encontrá-lo num brejo, já morto.
A vítima foi golpeada na parte de trás da cabeça, possivelmente com um machado, além de ter sido agredido a pauladas, principalmente na cabeça. As informações são do portalcorrente. A Polícia já está investigando o crime.
No dia 8 de outubro deste ano, o casal teve sua casa incendiada, vindo a perder todos os pertences. “Zé da Serra” afirmou na ocasião que era constantemente ameaçado porque sua residência, onde ele morava há cerca de oito anos, estaria localizada em um terreno que havia sido vendido. O novo proprietário exigia sua saída do local, embora até o momento nada tenha sido provado sobre a autoria do incêndio.
“Zé da Serra”, na época, registrou um Boletim de Ocorrência na 10ª Delegacia Regional de Corrente. Ele relatou que chegou com sua esposa Lucimara em casa e deparou-se com ela completamente destruída pelo fogo. Uma bezerra, que estava presa próximo à residência, teve a corda cortada, como foi constatado pela polícia civil, e o animal não foi encontrado.
Ele narrou ainda que a propriedade rural onde residia era reivindicada por um homem que afirmava possuir direito de posse dado Estado, mas que passou a propriedade a outro dono. Acontece que o Ibama reivindica a terra para construir um parque nacional.
“Quando a terra foi demarcada para virar reserva, o antigo dono passou a terra a outra pessoa, conhecida como Gordo. Desde que ele assumiu a terra, eu tenho sido ameaçado para sair da propriedade, pois ele diz que vai derrubar o mato todo para plantar. Mas eu sei que a terra está dentro do Parque Nacional e não pode ser desmatada, então não tem motivo pra eu sair dela”, declarou na época na delegacia.
Antes do incêndio do imóvel dois funcionários do “dono” da terra foram até a residência de “Zé da Serra” e o ameaçaram para que saíssem da terra, pois iriam passar o trator e derrubar tudo. “Eu disse que eles não podiam passar o trator nem na minha casa e nem no mato, porque o Ibama não ia dar autorização porque era terra do Estado. Eles responderam que “aqui a p do Ibama não manda nada, porque não indenizaram ninguém”. Mas eu sei que não vão indenizar porque a terra sempre foi do Estado, ninguém nunca foi dono dela de verdade, e o Ibama não vai autorizar nada porque está dentro do parque. Eu fui lá, conversei com o Dr. Hamilton e ele disse que se alguém derrubar uma árvore é pra chamar o Ibama na hora!”, desabafou seu Zé.
Fonte: DP