Greve dos bancários chega ao 23° dia e fecha 143 agências no Piauí

Com adesão de mais de 13 mil agências em todo país, a greve já é a maior desde o ano de 2004


No Brasil, 13.449 agências e 36 centros administrativos estão com atividades paralisadas

No Brasil, 13.449 agências e 36 centros administrativos estão com atividades paralisadas Foto: Divulgação

Nesta quarta-feira (28), bancários de todo o país completam 23 dias de greve, esta já é a terceira mais longa desde o ano de 2004, quando a paralisação chegou a 30 dias. A 9ª rodada de negociações teve início ontem (27) com a Federação Nacional dos Bancos – Fenaban e encerrou o dia sem acordo. As negociações retornam hoje, às 15 horas.

O Sindicato dos Bancários do Piauí informou que 143 agencias do estado estão com os serviços paralisados e que a greve continua até que o mínimo das reivindicações seja acatado. A paralisação, que começou no dia 6 de setembro, prossegue por tempo indeterminado.

No Brasil, 13.449 agências e 36 centros administrativos estão com atividades paralisadas, segundo o último balanço da Contraf-CUT.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Arimatéa Passos, que participou da reunião, os bancos lançaram uma nova proposta. “Eles ventilaram a possibilidade de fazer um novo modelo de acordo, com validade de dois anos (para 2016 e 2017). Dessa forma, o ganho real só seria em 2017, ou seja, no segundo ano, eles garantem o pagamento do INPC, mais um ganho real a ser definido”, relata.

Ainda conforme Arimatéa, o Comando Nacional de Greve se reuniu e reafirmou que a proposta tem que contemplar emprego, saúde, vales, creche, piso, igualdade de oportunidades, segurança. “A gente vai avaliar a proposta, ver se é positiva ou negativa e depois deliberar conforme seja a decisão da maioria”, disse Ariamtéa Passos.

Das 143 as agências e postos bancários do Piauí que estão com os serviços paralisados, 59 são agências do Banco do Brasil; 46 Caixa Econômica Federal; 16 Banco do Nordeste do Brasil; 7 Bradesco; 7 Santander; 6 Itaú e 2 HSBC.

Reivindicações

Os trabalhadores reivindicam reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%; participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos de R$ 8.317,90; piso no valor do salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24), e vales alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário mínimo nacional (R$ 880). Também é pedido décimo quarto salário, fim das metas abusivas e do assédio moral.

Atualmente, os bancários recebem um piso de R$ 1.976,10 (R$ 2.669,45 no caso dos funcionários que trabalham no caixa ou tesouraria). A regra básica da participação nos lucros e resultados é 90% do salário acrescido de R$ 2.021,79 e parcela adicional de 2,2% do lucro líquido dividido linearmente entre os trabalhadores, podendo chegar a até R$ 4. 043,58. O auxílio-refeição é de R$ 29,64 por dia.

A proposta dos bancos, apresentada no último dia 9, foi de um reajuste de 7% para os salários e benefícios, somado a um abono de R$ 3.300 a ser pago em até dez dias após a assinatura do acordo. O reajuste seria aplicado também no PLR.

Fonte: Alinny Maria

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