Foto: Reprodução
O casal e o corpo da vítima nas águas do rio Parnaíba
Apesar estar bastante abalada, chorando o tempo todo, foi esclarecedor o depoimento da jovem C.P.M, de 15 anos, grávida de cinco meses, agora principal testemunha da execução do namorado, Flaviano da Silva Marinho, 19 anos, pelos adolescentes R.N.S.B, 16 anos, A.A.S, 16 anos e M.V.C.G, 13 anos, na madrugada de quarta-feira (3), na ponte sobre o rio Parnaíba, entre Uruçuí, no Piauí, em Benedito Leite, no Maranhão.
A adolescente foi obrigada a assistir a execução do namorado, que teve o pescoço cortado com faca, antes de ser jogado da ponte nas águas do Parnaíba.
C.P.M contou que foi estuprada por dois dos acusados, que também participaram da morte do namorado, explica o delegado adjunto de Uruçuí, Bruno Ursulino. "Em alguns pontos eles (os acusados) acabaram se contradizendo. Um fica jogando culpa no outro dizendo que não cometeu o estupro e que foram os outros dois, bem como quem deu o corte no pescoço do rapaz. Contudo, com o depoimento da vítima conseguimos individualizar a conduta dos três”, revelou o delegado, após ouvir o depoimento da adolescente, que foi trazida para Teresina, onde vai ter acompanhamento psicológico por causa do trauma.
Chorando muito, ao lado da mãe e de uma tia, a vítima da barbárie contou em detalhes como tudo aconteceu. Ela revelou que foi estuprada na frente do namorado por dois dos acusados. O rapaz foi amarrado em uma árvore com a própria camisa e assistiu a namorada ser estuprada.
"Colocamos fotografias dos suspeitos em meio a outras fotografias e ela os reconheceu e disse o que cada um fez. Também colocamos várias facas para que fosse identificada a usada no crime e ela não teve dúvidas. Além disso, tem uma peculiaridade: a vítima relata que um dos responsáveis por matar o namorado e jogar o corpo no rio olhou pra ela e disse que deviam matá-la. Contudo, um deles disse: não", revelou o delegado.
Os três acusados moravam em Benedito Leite e faziam assaltos e roubos em Uruçuí. “Dois deles são do Maranhão e um é de São Paulo, sendo que um deles já foi apreendido mais de 30 vezes. Era comum saírem da cidade onde moravam para cometer crimes em Uruçuí, praticar furtos e roubos nas proximidades da ponte. Neste caso, além do roubo eles evoluíram para o estupro e homicídio. O crime foi praticado por crueldade. Eles estavam em cima da ponte esperando alguém passar para agir e o casal passou", acrescentou Bruno Ursulino, que descartou o envolvimento do rapaz assassinado com drogas, como chegou a ser dito por um dos assassinos.
O delegado já solicitou à Justiça a transferência dos três acusados para o Centro Educacional Masculino (CEM).
Fonte: Redação
Siga nas redes sociais
