Foto: Dia Online
Julho Amarelo
O Julho Amarelo é uma campanha que tem o intuito de alertar sobre os riscos que as hepatites, principalmente as virais, trazem à saúde da população. Rotineiramente, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) realiza ações de monitoramento epidemiológico da doença e trabalhos de prevenção e educação em saúde, o que levou o Piauí a reduzir, entre 2015 a 2016, 40% do número de pessoas com hepatites virais no estado.
"Estamos em constante vigilância porque é uma doença muito silenciosa, podendo facilmente ser confundida por uma leve infecção gástrica, causando náuseas, enjoos. Então, sempre realizamos trabalhos de triagem na população”, completa a coordenadora de Epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa, explicando que a cor amarela designada à campanha se dá em alusão à cor da pele que os pacientes com a doença geralmente têm.
Para intensificar as atividades de combate e prevenção, as equipes da Saúde estarão, nos próximos dias, nos seguintes locais:
- 26 de julho, no Parque da Cidadania, das 16h às 20h;
- 27 de julho, na Ceapi, 8h às 12h;
- 28 de julho, no Parque Potycabana, das 17h às 21h.
Serão ofertados testes sorológicos, que servem como indicativo de encaminhamento para outros exames mais específicos da doença, e vacinas para imunização contra hepatites. Preservativos masculino, feminino e géis lubrificantes também serão distribuídos à população, além de materiais educativos, palestras e profissionais capacitados para sanarem as dúvidas dos cidadãos que desejarem mais informações.
“Com isso, queremos buscar os casos de hepatites, identificando os possíveis casos silenciosos dentro da população, oferecendo informação e imunização à população”, diz Amélia Costa.
Durante as atividades, a Secretaria da Saúde também disponibilizará testes para HIV e sífilis e prestará serviços de aconselhamento individual. “Nesse aconselhamento, há um trabalho de sensibilização, tanto se o resultado for negativo como positivo, para que o indivíduo busque o acompanhamento especializado por conta das vulnerabilidades de sua condição, caso o reagente dê positivo”, explica Cristiana Rocha, coordenadora do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) estadual.
A coordenadora do CTA ressalta ainda que a taxa de cura dos novos tratamentos para hepatite C é de 90% e a medicação está disponível na rede SUS. “A hepatite pode ser tratada e algumas até curadas, mas se houver agravos, o indivíduo pode vir a desenvolver cirrose hepática e câncer no fígado, por isso, é de suma importância a procura pela Unidade de Saúde para imunização”, completa Cristiana.
Vigilância constante às hepatites
O trabalho de identificação das hepatites B e C, bem como outras doenças transmissíveis, está disponível à população constantemente por meio do CTA estadual. Para ter acesso ao serviço, é necessário apresentar documento de identificação original e cartão do SUS. O teste é sigiloso e rápido.
A sede do Centro de Testagem e Aconselhamento funciona das 8h às 16h na Rua 24 de Janeiro, 124/N, edifício Teresa Cristina, 2º andar - esquina com a Álvaro Mendes. Telefones: 3216-2046 / 3216-2048.
Há também CTA estadual em Parnaíba, Piripiri, Picos, Floriano e Oeiras.
“Nos municípios que não possuem CTA, o cidadão pode solicitar o teste pela Unidade de Saúde, se informar sobre as hepatites e tirar as dúvidas sobre as doenças transmissíveis. O Estado do Piauí está enfrentando essa doença e, cada ano que passa, os casos estão diminuindo, graças aos esforços reunidos”, diz Cristiana Rocha.
Prevenção e tratamentos
As hepatites mais comuns são A, B e C, mas existem também as hepatites D, E e G. Cada uma delas é provocada por um tipo de vírus e tem diferentes formas de prevenção e tratamento.
As hepatites B e C podem ser contraídas por meio de relações sexuais, compartilhamento de agulhas, seringas ou uso de materiais perfurantes de higiene pessoal, como lâminas de barbear e alicates de unha. A hepatite B também pode ser transmitida de mãe para filho durante o parto. A Secretaria da Saúde alerta sobre a importância de medidas preventivas como o uso de preservativos nas relações sexuais.
Fonte: CCOM
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