Economia

Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul ficaram bem abaix

Piauí Hoje

Sexta - 12/09/2008 às 04:09



O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, recomendou prorrogação da Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola até 19 de setembro em onze Estados do país. Mais de 52,4 milhões de brasileiros ― 75% da meta nacional de 70 milhões ― foram vacinados contra a doença, durante a campanha iniciada em 9 de agosto e que seria encerrada hoje. No entando, a decisão de continuar a campanha é tomada por cada Estado, por meio de suas secretarias de Saúde, informou o Ministério.Para atender os paulistas que ainda não foram imunizados, nesta sexta-feira postos volantes na capital e na Grande São Paulo ficarão de plantão no horário de pico (das 17h às 20h) em estações de trem, metrô e ônibus. A imunização deverá se estender por mais sete dias em todos os estados da região Norte ― Amapá, Amazonas, Acre, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins ― além de Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, onde as taxas ficaram entre 62% e 76%. O ministério alertou que os 17,7 milhões de brasileiros que ainda não tomaram a vacina devem aderir à campanha. "A vacina está disponível na rede pública. Procure uma unidade mais próxima", diz Temporão, em comunicado divulgado hoje.Nos demais estados e Distrito Federal, a estratégia recomendada pelo Ministério da Saúde é detectar os grupos que devem tomar a vacina e acioná-los. As secretarias municipais e estaduais de saúde podem adotar estratégias locais de abordagem o público-alvo da campanha. A cidade de São Paulo já havia anunciado o adiamento do final da campanha na quinta-feira (11). Iniciada em 9 de agosto, a campanha já imunizou mais de 3 milhões de pessoas entre 20 e 39 anos de idade (cobertura de 77,8%) na cidade. Amanhã, entre 8 e 17 horas, 21 estações de Metrô terão postos de vacinação na capital paulista. Haverá ainda vacinação nos shoppings Light, Pátio Higienópolis e Frei Caneca.Quem não se vacinar durante a campanha pode se imunizar em outro momento, pois a vacina é oferecida permanentemente nos postos de saúde, na forma da tríplice viral, que protege, ainda, contra a caxumba e o sarampo. "O interessante é tomar agora, durante a campanha", explica a médica Lily Yin Weckx, do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).BalançoDe acordo com o balanço preliminar divulgado hoje, as coberturas por região ficaram em 79,61% Nordeste, 75,26% Sul, 73,67 no Sudeste, 69,62% no Centro-Oeste e 68% no Norte. Entre os Estados com as maiores coberturas estão Santa Catarina (89,41%), Alagoas (87,13%), Sergipe (84,39%), Pernambuco (83,24), Maranhão (81,57%), Espírito Santo (81,20%) e Minas Gerais (80,22%). Os homens, alvo principal, aderiram menos à campanha. Segundo o balanço, 24,5 milhões de homens (70,50% da meta) foram imunizados. Entre as mulheres, mais de 27,8 milhões já estão protegidas contra a doença, o que representa 78,85% da meta para o sexo feminino.Os Estados que tiveram as melhores coberturas para as mulheres foram Alagoas (91,86%), Santa Catarina (90,62%), Sergipe (89,73%) e Pernambuco (88,87%). Amapá e Goiás tiveram os menores percentuais para as mulheres - 68,43% e 65,54%, respectivamente. As mais altas coberturas para os homens foram alcançadas pelos estados de Santa Catarina (88,21%) e Alagoas (82,16%).Devem ser vacinados homens e mulheres com idade entre 20 e 39 anos de todo o País. Nos Estados do Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, além de toda população indígena que vive em aldeias, a campanha se estende a indivíduos entre 12 e 19 anos.A doençaSegundo o Ministério da Saúde, no ano passado foram registrados 8.684 casos de rubéola no país, principalmente em homens. No Estado de São Paulo, o número de infectados foi alto. De acordo com a CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica), no período foram registrados 1.659 casos.A rubéola é uma doença infecciosa causada por vírus e transmitida pelo ar. Os principais sintomas são manchas no corpo, febre, dores articulares, conjuntivite, coriza e tosse. Quando contraída por gestantes, pode comprometer o desenvolvimento do feto e até causar aborto.A vacinaApenas não devem ser vacinadas pessoas em tratamento de câncer e Aids e mulheres grávidas. As gestantes poderão ser imunizadas somente após o parto, de acordo com o ministério, e mulheres que pretendem engravidar devem esperar quatro semanas após tomarem a vacina.Além disso, a vacina impede doações de sangue por um mês porque, assim como outras, é feita com vírus vivo atenuado, que permanece por um tempo no sangue da pessoa imunizada. Caso um paciente com a saúde debilitada receba o vírus atenuado pode ter complicações.

Fonte: UOL

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