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Um “vigia” de uma empresa instalada recentemente em Teresina - com certeza sem registro na Polícia Federal para funcionar - não usa colete à prova de bala, não veste farda com refletor reflexivo de segurança, mas pilota uma motocicleta descaracterizada e abusa da sirene de ambulância que instalou irregularmente no veículo. Toda toda noite e alta madrugada é uma perturbação, mesmo ele já tendo sido advertido diversas vezes por moradores insones dos bairros Lourival Parente e Morada Nova, de que o instrumento sonoro é de uso exclusivo de veículos especiais, como viaturas policiais e ambulâncias, conforme estabelecido no Artigo 29, do Código de Transito Brasileiro.

O CTB estabelece que o trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá a algumas normas. O item III é claro: os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência.

De acordo com artigo 29 do CTB, esses veículos, mesmo em serviço, precisam estar devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente, observadas as seguintes disposições: c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva prestação de serviço de urgência.
 
A Polícia Federal já foi acionada para coibir a presença de vigias clandestinos nas ruas, lojas, shopings e restaurantes. Buzinando ou não. Esse tipo de “serviço” é clandestino e é crime. Os donos das “empresas”, as pessoas, os moradores que contratam esses vigilantes “de araque” podem ser acusados de co-autoria se, por caso, um vigia reage a mata um assaltante, um criminoso ou outro bandido durante a “ronda”. É bom pensar nisso antes de fechar o contrato. Se você sofre com esse tipo de problema, ligue 2106-4906. A Polícia Federal dispõe de um setor específico para tratar desse tipo de crime.