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Sinpolpi denuncia péssima situação das delegacias do Piauí

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Sexta - 11/04/2014 às 10:04



Foto: riachaonet Uma das delegacias denunciadas é a de Picos
Uma das delegacias denunciadas é a de Picos
Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Piauí (Sinpolpi) denunciou que a situação de funcionamento das delegacias no Estado é precária e não oferece a mínima estrutura para realização do trabalho. A direção afirmou que durante viagem as cidades de Picos e Parnaíba constataram a grave situação das delegacias das duas cidades.

“A direção do sindicato fez duas viagens, uma a Picos e outra a Parnaíba. A situação de Picos é grave, o prédio que eles utilizam hoje como unidade policial ele é alugado, os prédios que são de propriedade da Secretária de Segurança eles estão abandonados. Com isso, concluímos que a unidade policial além de estar instalada em um prédio sem as mínimas condições de funcionamento ainda paga um aluguel de cerca de 8 mil reais por mês. Todo o complexo da Polícia Civil de Picos funciona em uma casa quem não tem a mínima condição de funcionamento”, declarou Constantino Júnior, diretor jurídico do Sinpolpi.

Segundo ainda o sindicado, o Ministério Público ingressou com duas ações civis e uma delas já conseguiu interditar a Central de Flagrantes de Picos e a outra ação é para a construção de uma Casa de Custódia para atender os casos dos presos provisórios.

“Durante a viagem a Picos, fizemos uma reunião com a Promotora Fernanda e lá fomos informados que o Ministério Público Ingressou com duas ações. Uma delas, eles já conseguiram uma liminar onde interditaram a Central de Flagrantes. A outra, que foi até uma ação contra o próprio governador, é para a construção de uma Casa de Custódia, pois hoje temos um problema que é chamado de preso provisório, esse preso não pode ir para a penitenciária e também não pode ficar na delegacia, tem que ir para uma Casa de Custódia. Nenhuma cidade de porte médio não tem uma casa de custódia. Quando o preso é autuado ou fica na delegacia, o que não é legal, pois atrapalha os andamentos dos trabalhos da polícia ou então vai para penitenciária, que é para preso condenado”, explicou o diretor.

O sindicato afirmou que vai encaminhar para a própria promotora uma solicitação para interditar a casa que funciona como Complexo da Polícia Civil, por não apresentar a mínima condição de funcionamento. “Vamos enviar uma solicitação para a Promotora para pedir a interdição. A Promotora já nos garantiu que estará chamando uma cúpula da Secretaria de Segurança, no caso da pessoa do Delegado Geral, com também a presença do sindicato. A gente lamenta ainda o fato de Picos ter vários deputados estaduais que dão sustentação ao governo e não tem uma emenda parlamentar para fazer a construção desse Complexo”, disse Constantino.

Número de policiais

Em relação ao número de policias civis, o diretor afirmou que existe um número muito reduzido de policiais civis. “Somando agentes, escrivão e delegado não chega a trinta, dá 29 policiais. Nessas cidades temos médicos legistas, mas não temos peritos, caso em alguma operação seja apreendido droga tem que enviar a substância para Teresina para poder comprovar que se trata de uma substância entorpecente. O que estamos pedindo é que sejam nomeados os aprovados nos últimos concurso, que são mais de 200 pessoas, para ajudar e intensificar na segurança dos municípios”, finalizou Constantino.

Fonte: gp1

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