Foto: Arquivo pessoal
Eduardo Guimarães Melo
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Piauí (Sindjor-PI) e Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgaram uma nota repudiando as manifestações do Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM/PI) e do Sistema Unimed de Teresina por atacar a imprensa em razão da morte do médico Eduardo Guimarães Melo, ocorrida nessa quinta-feira (29).
De acordo com o Sindjor-PI, a jornalista Wanessa Gommes, do portal GP1, publicou a matéria se baseando no inquérito policial produzido pela Polícia Civil do Estado do Piauí. A matéria abordou o indiciamento do cirurgião pediátrico Eduardo Guimarães pelo crime de homicídio culposo, pela morte de uma criança de 6 anos de idade. A menina faleceu no Hospital Unimed Primavera em 16 de fevereiro deste ano, após procedimento cirúrgico.
O Sindjor-PI e Fejaj destacaram que ao lançar a nota de pesar pela morte deste cirurgião pediátrico, o CRM-PI insinuou que a publicação da matéria jornalística, que comenta o caso, teria contribuído com a morte dele.
O Sindjor-PI e Fenaj entendem que a autora da matéria levou em consideração de que os jornalistas têm como compromisso apurar a informação, seguindo todos os preceitos teóricos, técnicos e éticos na produção da informação, para bem informar à sociedade, a profissional em questão obedeceu todos os critérios de apuração e escrita.
"Vale destacar que a jornalista, antes de publicar a matéria, contactou o cirurgião pediátrico para ouvir a versão. No entanto, o profissional preferiu não se manifestar, mas que a assessoria jurídica entraria em contato com a jornalista. O que aconteceu apenas no final da noite. A nota foi acrescentada na publicação na manhã do dia seguinte", disse a nota do Sindjor-PI.
O Sindjor e Fenaj também lamentaram a nota de repúdio divulgada pelo Sistema Unimed de Teresina, que "ataca os portais do Piauí, por veicular a notícia do indiciamento do cirurgião pediátrico e chama estes de “irresponsáveis”. O Sindjor-PI e Fenaj lamentam tal posicionamento e entendem que trata-se de uma demonstração de desconhecimento do papel dos jornalistas e do processo de apuração. Além de lamentar a manifestação de intimidação e cerceamento ao exercício dos profissionais da imprensa", diz trecho da nota do Sindjor.
Veja a nota do Unimed:
Veja a nota do CRM-PI:
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